De acordo com o analista da indústria automóvel Matthias Schmidt, o arranque da produção do Jaguar I-Pace está longe de estar a correr sem problemas. E a prova está nas apenas 140 unidades que o construtor britânico conseguiu fabricar durante o último mês (Agosto), o que eleva para 558 o total de veículos eléctricos produzidos.

A Jaguar, que não tem qualquer experiência a fabricar modelos eléctricos e alimentados por bateria, delegou num especialista a tarefa de produzir o I-Pace, tanto mais que queria torná-lo disponível o mais rápido possível, sem ter que realizar os investimentos imensos que isso implica. Optou assim pela austríaca Magna-Steyr, em Graz, que se prepara para fabricar os novos BMW Z4 e Toyota Supra (que partilham a mesma plataforma), além do Mercedes Classe G e alguns BMW Série 5 com motor de combustão e todas versões híbridas e plug-in.

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É certo que os objectivos da Jaguar são particularmente contidos pois, em termos de produção anual, a marca britânica não pretende ultrapassar os 15.000 veículos, menos do que a Tesla já fabrica por mês de Model 3, ou que a Nissan produz de Leaf em dois meses. Contudo, como tem de entregar 20.000 I-Pace à Waymo, para alimentar parte da sua frota eléctrica de carros autónomos, mais 3.500 unidades ao mercado norueguês (com os clientes a preferirem recebê-los antes que alguns dos actuais incentivos fiscais desapareçam), a Jaguar já começou a atrasar as entregas numa série de países, a começar pelos EUA, mercado que promete absorver uma fatia muito representativa.

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