A edição de 2018 do Guimarães Jazz decorre de 8 a 17 de novembro com 13 concertos, em dez dias consecutivos, “algo que acontece pela primeira vez” nos 27 anos de história do festival, anunciou esta quarta-feira a organização.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a Oficina, empresa municipal de cultura da Câmara Municipal de Guimarães, salienta que realizar o festival em dias consecutivos, e não em dois fins-de-semana, “tem como consequência uma mais efetiva e constante presença da música na cidade e na agenda dos seus espetadores, contribuindo assim para aproximar ainda mais os músicos e as pessoas que organizam o festival do seu público”.
Da programação, a Oficina destaca, como “concertos de maior perfil”, três nomes “incontornáveis da história mais recente do jazz”, o contrabaixista Dave Holland (8 novembro), o trompetista Dave Douglas (15 novembro) e o também trompetista, compositor e arranjador Steven Bernstein (10 novembro).
“Músicos que, embora com percursos em contextos artísticos muitos diferentes entre si, contribuíram decisivamente para moldar a forma atual do jazz. Tanto o projeto AZIZA, de Holland, como UPLIFT, de Douglas, como a Millennial Territory Orchestra, de Bernstein, constituem provas irrefutáveis da plena vitalidade musical de três dos grandes músicos da atualidade”, descreve o texto.
Daquela que será a 27.ª edição do Guimarães Jazz, a organização destaca ainda, como “traços mais marcantes”, a atenção prestada à nova geração do jazz, sendo prova disso a vinda à cidade de dois nomes emergentes da cena jazzística de Chicago, o trompetista Marquis Hill (9 novembro) e o contrabaixista Matt Ulery (17 novembro), que, além do concerto com o projeto Delicate Charms, orientará as oficinas de jazz (12 a 16 novembro) e as jam sessions (8 a 10 e 15 a 17 novembro) e dirigirá a Big Band e o Ensemble de Cordas da ESMAE (11 novembro).
Ao palco do Guimarães Jazz subirá ainda o trompetista israelita Avishai Cohen (16 novembro) e o projeto “Cartas Brasileiras”, liderado pela flautista e compositora Léa Freire, que, no festival, se apresentará acompanhada pela Orquestra de Guimarães (14 novembro).
Em Guimarães, vão ainda atuar Pablo Held Trio (10 novembro) e a banda Random/Control, liderada pelo pianista austríaco David Helbock (12 novembro). É também neste contexto que atuará o acordeonista português João Barradas (13 novembro), que se apresentará em quarteto acompanhado por músicos europeus emergentes e que terá como convidado especial o saxofonista norte-americano Greg Osby.
A colaboração com, por um lado, a Associação Porta-Jazz (11 novembro) e, pelo outro, com a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), do Porto, volta a realizar-se, reafirmando a “aposta do festival nos jovens músicos portugueses”, com as habituais oficinas de jazz e as jam sessions, “extensões do festival que constituem uma das dimensões mais importantes da sua implantação na cidade e no meio jazzístico, ao mesmo tempo que contribuem para potenciar a formação e o crescimento musical dos jovens músicos do país”.
O Guimarães Jazz encerrará a edição de 2018 com a Mingus Big Band (17 novembro), um concerto de homenagem a Charles Mingus, liderado pela viúva do contrabaixista, Sue Mingus, com uma orquestra “composta por instrumentistas de altíssimo nível, considerada como um dos projetos mais artisticamente relevantes de revisitação das obras de compositores de jazz”.
Os bilhetes para os concertos do Guimarães Jazz 2018, assim como as assinaturas do festival, já se encontram à venda, podendo ser adquiridos nas bilheteiras do Centro Cultural Vila Flor, do Centro Internacional das Artes José de Guimarães e da Casa da Memória de Guimarães, bem como nas lojas Fnac e El Corte Inglês, entre outros pontos de venda, e na internet em oficina.bol.pt e www.ccvf.pt, onde pode ser consultada toda a programação do evento.