As autoridades das Filipinas elevaram esta sexta-feira para 29 o balanço de mortes causadas por deslizamentos de terras na localidade de Naga, província de Cebu, no centro do país. Um dia depois da catástrofe, as equipas de resgate recuperaram já 29 corpos, incluindo os de duas crianças, de quarto e onze anos, e de dois adolescentes.
A procura por sobreviventes prossegue entre as cerca de 70 pessoas que se julga tenham ficado presas. Até ao momento foram resgatadas com vida nove pessoas dos escombros, apesar de as ações de resgate terem sido atrasadas pelas chuvas e pelo risco de novos deslizamentos, segundo explicou à imprensa local o porta-voz da câmara de Naga, Gary Cabotaje.
“A operação de busca e resgate é muito delicada. Quase tudo é feito a pico e pá porque é muito arriscado usar equipamentos pesados”, indicou
Cerca de 60 casas ficaram completamente soterradas em consequência dos deslizamentos. Cerca de 1.200 pessoas foram retiradas da zona, enquanto um pouco por todo o país ocorreram outros deslizamentos, consequência das fortes chuvadas causadas pela passagem do tufão Mangkhut.
O ministro do Ambiente das Filipinas, Roy Cimatu, anunciou esta sexta-feira, em comunicado, ter ordenado a suspensão de todas as escavações durante 15 dias enquanto decorre a avaliação da situação e dos danos.
O tufão atingiu a região montanhosa da Cordillera, onde ocorreram dezenas de deslizamentos de terra, tendo ocorrido nesta zona 72 das 88 mortes a registadas até agora em todo o país. Um deslizamento ocorrido no sábado na localidade mineira de Itingon, na Cordillera, soterrou uma mina de ouro abandonada e vários barracões onde se tinham refugiado dezenas de famílias durante a passagem do tufão. As equipas de resgate recuperaram já 28 corpos enquanto continuam, pelo sexto dia consecutivo, os trabalhos para encontrar as 52 pessoas que permanecem desaparecidas.