O presidente do Partido Social Liberal (PSL), pelo qual Jair Bolsonaro é candidato à presidência do Brasil, confirmou esta quinta-feira que ele não vai comparecer aos debates marcados para a segunda volta das eleições, contra Fernando Haddad, do PT.

“Não é prioridade”, disse Gustavo Bebiano, sobre os debates entre candidatos. “Esses debates não favorecem nada, não acrescentam em nada. A formatação nivela todo o mundo por baixo, parece concurso de Pinóquio: todo o mundo tem solução milagrosa”, disse o presidente do PSL à Reuters por telefone.

A previsão era a de que haveria seis debates entre a primeira volta das eleições, a 7 de outubro, e a derradeira ida às urnas,  segunda volta das eleições, marcada para 28 do mesmo mês. No entanto, após avaliação médica, que ainda diz respeito à facada que Bolsonaro sofreu a 6 de setembro, o candidato da extrema-direita foi aconselhado a não participar nos primeiro quatro encontros com Haddad.

Esta quinta-feira, ainda antes das declarações de Gustavo Bebiano, os médicos de Bolsonaro avançaram que os exames que lhe fizeram demonstraram ser “estáveis” e disseram que o único “fator limitante” era a colostomia a que o candidato ainda tem, como consequência do ataque que sofreu. Assim, os médicos disseram que a participação de Bolsonaro nos debates “depende dele, por causa da colostomia”.

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Ainda assim, e mesmo antes da mais recente avaliação médica, Bolsonaro reagiu aos constantes desafios de Haddad para um debate, mesmo que tivesse de ser numa enfermaria. “Senhor Andrade”, começou por escrever, fazendo referência ao facto de, no início da campanha, Haddad ser desconhecido até dentro do PT e por isso o seu nome ter sido trocado por tantos outros. “Quem conversa com poste é bêbado.”