O ministro das Finanças, Mário Centeno, considerou esta sexta-feira que o eleitoralismo do PS na proposta de Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) foi cumprir todas as metas e promessas, que se traduzem na estabilização do sistema financeiro português.

“Muitos têm discutido sobre o eleitoralismo que o PS pode ou não ter incutido no OE para 2019, mas eu insisto: o eleitoralismo foi cumprir todas as medidas, todas as propostas. O eleitoralismo foi em 2016, o primeiro ano em que Portugal cumpriu as suas metas, cumpriu com aquilo que prometeu aos portugueses. O ano em que Portugal saiu do défice excessivo”, apontou Mário Centeno.

Na sessão de esclarecimento sobre a proposta de OE2019, em Almada, no distrito de Setúbal, Mário Centeno disse que a palavra que melhor designa esta legislatura é “cumprir”.

“Cumprimos as nossas metas, cumprimos as medidas que nos tínhamos proposto e, como dissemos na altura, o compromisso que tínhamos com os portugueses era o de implementar aquelas medidas. Os resultados seriam a segunda fase. O que hoje nos podemos orgulhar ao apresentar o OE para 2019 é que esses resultados também chegaram à economia e sociedade portuguesa com crescimento económico, com emprego e com muito menos desemprego”, frisou.

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Segundo o ministro das Finanças, esta é uma legislatura de sucesso, exemplificando com o crescimento do Produto Interno Bruto, a criação de 280 mil postos de trabalho, “a maior queda da taxa de desemprego na Europa” e “uma muito significativa queda do endividamento público”.

“É a maior aposta no futuro de Portugal e das novas gerações. Este desempenho financeiro é o melhor dos últimos anos na União Europeia”, sublinhou.

Segundo Mário Centeno, este trabalho positivo irá continuar em 2019 com um conjunto de propostas que beneficiam desta “estabilização do sistema financeiro em Portugal”.

Sobre as medidas da proposta de OE2019, o ministro destacou a segunda fase da reforma do IRS, que vai permitir que os portugueses paguem “menos mil milhões de euros” no próximo ano, ou o aumento das pensões e prestações sociais.

Outra das grandes apostas para o próximo ano é o regresso dos emigrantes que durante a crise se viram obrigados a sair do país.

“Queremos que voltem a Portugal e que tenham trabalho em Portugal e para isso criamos um programa de incentivos”, referiu, considerando que outro dos pontos fortes da proposta é a importância dada à administração pública, que tem “um valor incalculável para a estabilidade e prosperidade do país”.

“É uma tradução orçamental no aumento de 1.400 milhões de euros nas despesas com o pessoal da administração pública. É um esforço que todos nos devemos orgulhar e que deve ter como contrapartida uma melhor administração pública”, apontou.

Em relação ao investimento público, Mário Centeno destacou projetos como o “maior investimento na ferrovia”, novos hospitais e obras profundas em escolas.

A propósito da saúde, considerou esta “uma enorme prioridade do Governo”, que vai ter um orçamento de 1.400 milhões de euros, com o objetivo de reduzir a dívida dos hospitais para que tenham uma oferta mais eficiente.