Dois anos depois da primeira edição, o Organii Eco Market está de volta. Diferente? Pode dizer-se que sim. Embora o critério continue a ser o mesmo — produtos, matérias-primas e métodos de produção sustentáveis –, o mercado mais ecológico da cidade cresceu. São cerca de 100 as marcas que vão estar presentes no evento, que acontece já no próximo fim de semana, e mais de 20 as atividades programadas sob o mesmo pretexto, entre workshops, conversas, palestras e showcookings.

Mas depois de duas edições na Lx Factory, onde as mentoras Cátia e Rita Curica abriram a sua Organii Concept Store, o mercado parte para outras paragens. É num dos armazéns colossais de Marvila que o Eco Market começa, já a partir do próximo sábado. “O facto de ser um sítio com menos tráfego de pessoas torna tudo mais fácil tudo. Os transportes não vão estar cheios, há comboios, autocarros e muito estacionamento. O espaço também é maior e mais amplo e isso permite-nos organizar melhor a nossa agenda”, explica Cátia Curica ao Observador.

As irmãs Rita e Cátia Curica, organizadoras do Organii Eco Market © Manuel Manso

É isso mesmo. A organização quer evitar a enchente do último mercado — quando cerca de 19.000 pessoas passaram pelo evento durante os dois dias –, que acabou por afetar a qualidade da experiência para quem visitou a Lx Factory. Embora o novo recinto seja maior, Cátia também espera que a localização menos central faça com que o número de visitantes desça. “No ano passado, muita gente foi sem se aperceber do que estava a acontecer. Agora, queremos que quem for vá mesmo por causa do mercado”, continua.

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Da moda à comida, passando obviamente pela decoração, a sustentabilidade é o denominador comum a todas as marcas, criadores e artesãos que marcam presença no Organii Eco Market. Cátia garante que 99% são portuguesas. “O design é uma das coisas que mais surpreende as pessoas. Há peças completamente atuais. Quem agora trabalha este tipo de produtos fá-lo com uma base de design já muito incorporada. A questão do preço também é importante. As coisas terão sempre de ser mais caras do que numa Primark ou numa Zara, mas porque tem de haver um preço justo para todos os intervenientes na cadeia. Ainda assim, não estamos a falar de luxo”, afirma Cátia.

Entre as marcas que vão estar presentes no evento, destaque para a Näz, de moda feminina, para os básicos da ISTO, para o estúdio de cerâmica Margarida Fabrica, para os acessórios da Trama, para as joias da Mayumi Origami e para o calçado da Zouri. Esta última marca conseguiu um verdadeira proeza — utilizou meia tonelada de plástico recolhido na praia e começou a fazer chinelos a partir dele. No mercado, a marca vai apresentar um protótipo do seu primeiro par de ténis. Na área da comida, também haverá várias opções: paleo, vegan, biológica, vegetariana e sem glúten, a ementa é vasta.

Chinelos da Zouri, feitos a partir de plásticos apanhado nas praias

Mas o aumento de metros quadrados também se reflete na programação. Se as sessões de showcooking já eram momentos esperados durante os dois dias de mercado, agora as irmãs Curica aproveitaram para desenvolver um extenso programa dedicado às famílias. Além de um ciclo de conversas em torno da maternidade, o recinto ganha uma quarta zona dedicada a workshops de pais e filhos. E para os que são demasiado pequenos, ou demasiado impacientes, haverá um área com brinquedos, também eles ecológicos.

E já que a sustentabilidade é o forte do Organii Eco Market, outra das novidades da terceira edição é uma estação de água. Uma espécie de fonte onde os visitantes podem encher as garrafas que trazem de casa ou os copos disponíveis para aluguer no recinto. Não é uma opção, até porque não haverá outra forma de encontrar água dentro do evento.

O quê? Organii Eco Market
Quando? Dias 27 e 28 de outubro, das 10h às 20h
Onde? Armazém 16, Rua Pereira Henriques, 1 (Lisboa)
Quanto? 2€