O primeiro-ministro anunciou esta segunda-feira mais 100 milhões de euros do Fundo Europeu de Investimento para apoiar projetos de inovação tecnológica e o arranque do “Tech Visa” destinado à atração de quadros qualificados para residirem no país.
Estas duas medidas foram transmitidas por António Costa na sessão de abertura do Venture Summit, no Convento do Beato, na qual também estiveram presentes o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira.
Num discurso em inglês, o líder do executivo adiantou que Portugal, em breve, vai assinar o reforço do investimento ao nível da sua parceria com o Fundo Europeu de Investimento com mais 100 milhões de euros – verba que será aplicada no programa “Portugal Tech”, o qual já envolveu cerca de 230 milhões de euros desde a sua criação.
Segundo o Governo, desse total de 100 milhões de euros, 50 milhões de euros saem do IAPMEI e os outros 50 milhões de euros do próprio Fundo Europeu de Investimento – um programa da União Europeia que faz parte do “Plano Juncker”.
No mesmo discurso, António Costa adiantou que o seu Governo assina já na quarta-feira a portaria para a criação do “Tech Visa”, que se destina a facilitar a permanência em Portugal de quadros qualificados de países extra comunitários.
De acordo com o Governo, o “Tech Visa” entrará em vigor em 1 de janeiro de 2019 e pretende complementar o “Startup Visa”, que foi criado no âmbito da estratégia de aprofundamento das relações bilaterais entre Portugal e a Índia e que se destina sobretudo a investidores que pretendam instalar startups em Portugal.
Perante uma plateia de investidores em Startups, na sua breve intervenção, o primeiro-ministro traçou o percurso macroeconómico do país nos últimos três anos, desde a etapa da saída do Procedimento por Défice Excessivo da União Europeia, até à recente situação em que todas as agências de notação financeira colocam Portugal num nível de investimento. “Com o acordo que iremos fazer com o Fundo Europeu de Investimentos, vamos reforçar a nossa aposta nas startups. Esse fundo terá também capital privado”, especificou o primeiro-ministro.
Já em declarações aos jornalistas, António Costa rejeitou que o reforço do fundo em 100 milhões de euros tenha sido uma contrapartida para a Web Summit permanecer em Portugal.
A Web Summit é uma peça da nossa estratégia relativamente ao ecossistema das Startups. O programa? Portugal Startups tem várias componentes, desde a vertente da antecipação do subsídio de desemprego para se avançar com negócios, até ao pagamento de bolsas no período de encubação. Entre outros fatores, a Web Summit é uma montra internacional para as nossas próprias Startups”, respondeu.
Em relação aos Tech Visa, o primeiro-ministro referiu que já foram criados os vistos especiais para investidores em Startups e que agora o Governo lança na quarta-feira um novo visa para “perfis mais tecnológicos”. “Queremos atrair esses quadros para Portugal. Desde março, mais de 400 pessoas já requereram a concessão deste tipo de vistos”, acrescentou António Costa.