Os trabalhos desenvolvidos ao longo do dia de sábado na pedreira de Borba permitiram apenas detetar o local onde se encontra uma grua e outros objetos “que foram arrastados”, anunciou o comandante de operações, José Ribeiro. Até ao momento, ainda não foi encontrada nenhuma das duas viatura desaparecidas, onde seguiam três pessoas.
As operações de busca, drenagem e desobstrução decorreram ao longo do dia com a colaboração de 110 operacionais, apoiados por 52 veículos. “Relativamente ao que é a nossa manobra de busca no plano de água de maior dimensão, a Marinha colocou na água um aparelho que é controlado remotamente”, explicou José Ribeiro, adiantando que “o trabalho desenvolvido” até agora “ainda não permitiu ainda qualquer sinal relevante”.
“Na pedreira maior do espelho de água, e também em complemento e de forma alternada, houve buscas desenvolvidas pelos mergulhadores (…) que, por razões de segurança, têm atuado na zona mais afastada da vertente.” Estes “também não detetaram qualquer veículo ate ao momento”, afirmou o comandante.
Cães poderão ter localizado a segunda vítima da derrocada na pedreira de Borba
Os trabalhos com o sonar da Marinha irão recomeçar no domingo. De manhã, pelas 8h, os mergulhadores irão também regressar à pedreira. Espera-se que por essa altura seja possível “fechar aquela que é a área mais segura, ficando por avaliar a zona mais próxima da vertente, a que oferece mais ricos”. Em relação a esta, terá de ser feita “uma análise mais ponderada antes de qualquer intervenção”, explicou o comandante.
A operação de desobstrução, junto à máquina acidentada, onde os operacionais acreditam estar o corpo do segundo trabalhador que morreu na sequência do acidente, vão continuar até por volta das 21h deste sábado. Esta está a ser realizada com o apoio de uma grua e de uma máquina giratória “o que tem facilitado muito a retirada dos grandes blocos”. Segundo José Ribeiro, se os operacionais não tivessem à disposição este tipo de maquinaria, o que foi retirado em dois, três dias, teria demorado “em situações normais” vários meses.
Pedreira mais pequena já está praticamente sem água
A pedreira mais pequena, onde estão neste momento “quatro bombas em funcionamento”, com capacidade para retirar 300 metros cúbicos de água por hora está “praticamente” vazia. Esta tem apenas com cerca de um metro de água.
De acordo com o comandante, os trabalhos têm decorrido sem problemas de maior e os resultados são já “muito visíveis” e vão continuar durante a noite.