Michael Cohen, antigo advogado do Presidente Donald Trump, confessou-se esta quinta-feira culpado de mentir ao Congresso dos EUA no processo de investigação de interferência russa nas eleições presidenciais de 2016.
Michael Cohen apresentou-se quinta-feira num tribunal em Nova Iorque, confessando que fez declarações falsas ao comité de inteligência do Senado sobre um negócio envolvendo propriedades de Donald Trump, na Rússia.
Cohen justificou as suas mentiras sobre o negócio na Rússia dizendo que o fez para “ser consistente com “a mensagem política” de Donald Trump.
A confissão faz parte de um acordo judicial que Michael Cohen prepara com o procurador especial, Robert Mueller, no âmbito das investigações de alegada interferência russa durante as eleições presidenciais de 2016.
Michael Cohen foi advogado e conselheiro de Donald Trump durante mais de uma década e é considerado uma das mais importantes figuras neste processo de investigação, juntamente com Paul Manafort, antigo diretor de campanha de Trump, que também fez um acordo de confissão com Robert Mueller.
A confissão de Michael Cohen é a segunda em quatro meses, depois de já ter admitido outras acusações judiciais, envolvendo fraudes bancárias e trabalho ilícito de campanha para Donald Trump.
Esta nova confissão e acordo judicial com Robert Mueller é lida como mais um importante passo na investigação do processo russo.
Esta semana o procurador especial acusou Paul Manafort de ter mentido nos inquéritos em curso, violando o seu acordo de confissão.
Michael Cohen está a ser ouvido pelo gabinete do procurador especial há vários meses, tendo já prestado declarações em mais de 70 horas de sessões.
No início das inquirições a Cohen, Donald Trump classificou-o como “mentiroso”, dizendo que ele será capaz de todas as falsidades “para se salvar de problemas”.