No dia 24 de junho deste ano, um dia após a saída de Bruno de Carvalho do clube de Alvalade, o Sporting fez duas transferências de dinheiro no valor total de meio milhão de euros, para duas empresas construtoras. As autoridades fiscais ainda não apuraram os motivos para o pagamento da alegada dívida, embora o movimento bancário tenha sido feito numa altura de grande mudança para o clube, levando a suspeitar que este possa estar relacionado com a destituição do então presidente do clube, conta o Correio da Manhã na sua edição desta terça-feira.

Esta situação ocorreu no mesmo dia em que Jaime Marta Soares apresentou a Comissão de Gestão, liderada por Artur Torres Pereira, e segundo o CM, coincidente com o dia em que Bruno foi afastado, com 70% dos votos dos sócios. Há também suspeita de que no mesmo dia tenham sido apagadas as memórias de vários computadores da SAD do Sporting.

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Avança ainda que foi quando Bruno de Carvalho aceitou sair das instalações do clube, e permitiu a entrada de Sousa Cintra, enquanto presidente da SAD, que foram levadas todas as atas sobre a constituição das comissões transitórias. As situações em causa terão sido detetadas na auditoria, ainda a decorrer, cujos resultados só deverão tornar-se de conhecimento público no início de 2019.

O CM acrescenta que há também uma outra investigação em curso, nomeadamente sobre a empresa que construiu o pavilhão João Rocha que avançou com uma queixa contra Bruno de Carvalho por burla e associação criminosa.

A empresa diz ter sido enganada no valor de 375 mil euros e indica que todos os restantes membros da antiga direção do Sporting devem ser também culpabilizados. Alega ainda ter entregue uma garantia bancária para levar a obra por diante, dizendo que Bruno de Carvalho se apoderou da quantia, após a ter acionado alguns dias antes de ser destituído.

Ao CM a empresa contou que tentou reaver o dinheiro durante alguns meses e que tentou reaver os 375 mil euros junto da atual direção leonina. No total a empresa tentou que fossem pagos trabalhos num valor de cerca de quatro milhões de euros. A queixa já deu entrada no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) e foram anexados diversos elementos de prova.

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