O número de pessoas empregadas cresceu no último ano — ainda assim, os números divulgados pela Segurança Social relevam que o crescimento se deveu à custa do trabalho precário. Em Portugal, avança o Correio da Manhã, há cerca de 950 mil trabalhadores com vínculo contratual não duradouro.

Até ao final de 2017, os números indicam que existem 950 mil trabalhadores precários no país a trabalhar por outrem, sendo que neste universo 71.190 têm contrato a termo certo e pouco mais de 19 mil a termo incerto. As estatísticas referem ainda que só no ano passado foram contratadas cerca de 125 mil pessoas para o setor privado, sendo mais de 90 mil com contratos com vínculo não duradouro.

No total, há em Portugal 2,7 milhões de pessoas a trabalharem por conta de outrem, sendo que 1,8 milhões têm contratos sem termo, o que representa cerca de 65% do total.

No que toca a salários, os homens continuam a ganhar mais do que as mulheres. O sexo masculino ganha, em média, 1.236,85 euros, enquanto o sexo feminino recebe 1.011,02€ no final de cada mês — são cerca de 226 euros mensais de diferença. Há ainda mais mulheres a trabalhar a tempo parcial, mais de 141 mil, ao passo que os homens rondam os 65 mil.

A região norte lidera no que toca ao número de grandes empresas. Em Portugal, a Segurança Social contabiliza 255 mil empresas privadas, das quais apenas 997 são consideradas de grande dimensão, já que empregam mais de 250 trabalhadores. A maioria emprega cerca de 9 trabalhadores.

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