Um homem nacionalidade chinesa, responsável de vendas da Huawei na Polónia, foi por suspeitas de ser um espião ao serviço do governo da China, anunciou esta sexta-feira a polícia polaca. Um cidadão de nacionalidade polaca, que trabalhava para a empresa de telecomunicações francesa Orange foi também detido, e acusado do mesmo crime.

As autoridades revistaram as casas e escritórios dos dois detidos na terça-feira, mas tiverem de esperar dois dias por um mandato de detenção, emitido na quinta. Segundo o The New York Times, que cita a estação de televisão TYP, os dois homens declaram-se inocentes e recusaram-se a prestar quaisquer declarações.

A Huawei e outras empresas chinesas têm vindo a ser acusadas de utilizarem os aparelhos que vendem fora da China para fins políticos ou de espionagem cibernética. A gigante de telecomunicações negou sempre todas as acusações, mas a ligação de Ren Zhengfei, fundador da empresa, ao regime chinês (serviu nas forças armadas antes de criar a Huawei) há muito que alimenta dúvidas sobre as suas verdadeiras intenções.

Administração Trump planeia ordem para proibir empresas de comprarem produtos da Huawei e ZTE

No final de dezembro, surgiram notícias de Donald Trump estaria a equacionar emitir uma ordem executiva, aplicável a partir de 2019, para impedir a compra de equipamentos da Huawei e da ZTE pelas empresas norte-americanas. A ordem, que segundo a Reuters poderia ser dada a partir deste mês de janeiro, seria justificada com os riscos que as empresas chinesas podem colocar à segurança nacional. A administração Trump acredita que a Huawei e a ZTE trabalham para o governo chinês.

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