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Danilo Pereira, o médio que é como os golos: às vezes não se veem mas fazem sempre falta

Este artigo tem mais de 5 anos

Danilo chegou aos 150 jogos na Liga no clássico onde ditou leis – e onde o Sporting só criou oportunidades quando se lesionou. Aos 27 anos, o médio está mais completo e tornou-se indiscutível.

Danilo cumpriu o jogo 150 na Liga no mesmo dia em que Nani celebrou o encontro 100. Ambos foram campeões europeus em 2016
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Danilo cumpriu o jogo 150 na Liga no mesmo dia em que Nani celebrou o encontro 100. Ambos foram campeões europeus em 2016

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Danilo cumpriu o jogo 150 na Liga no mesmo dia em que Nani celebrou o encontro 100. Ambos foram campeões europeus em 2016

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Quase um ano depois, o adversário era o mesmo e o destino também não fugiu muito – depois da rotura no gémeo que o afastou da meia-final da Taça de Liga com o Sporting, em 2018, o médio voltou a não ser feliz e, no seguimento de uma disputa de bola com Bas Dost, sofreu uma entorse no pé direito que o levou à substituição cerca de dez minutos depois. Nessa fase, o FC Porto abriu espaços que não tinham existido até ao momento e os leões beneficiaram das duas melhores oportunidades no encontro, com um remate de meia distância de Gudelj e um cabeceamento ao lado de Bas Dost – o que não foi coincidência.

No final do jogo, o Goalpoint atribuiu-lhe o prémio de melhor jogador em campo. Os números acabaram por comprovar aquilo que muitas vezes parece passar ao lado num jogo: Danilo é como os golos, às vezes não se veem mas fazem sempre falta. E foi também por isso que o internacional português deixou Alvalade a coxear mas bem disposto, ciente da missão cumprida e com tempo para trocar algumas palavras com Salin, guarda-redes do Sporting que foi seu companheiro no Marítimo.

Aliás, hoje podiam continuar no mesmo balneário. Pelo menos era esse o desejo dos leões: quando chegou ao Sporting depois de seis anos no Benfica, Jorge Jesus trazia algumas ideias para vingar em Alvalade e uma delas passava por juntar Danilo a William Carvalho (que neste caso jogaria numa posição mais avançada, que ficaria para Adrien). No entanto, o acordo entre os leões e o Marítimo, que a certa altura parecia estar muito próximo, nunca ficou fechado e o médio aceitou a proposta do FC Porto, que mais uma vez se antecipou ao rival e garantiu uma mais valia que ainda hoje se destaca no coletivo azul e branco.

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Depois da grave lesão contraída em abril no tendão de Aquiles, que o obrigou a ser operado e a falhar o Mundial, a recuperação correu da melhor forma e Danilo voltou aos relvados no início de setembro, jogando oito minutos no triunfo dos dragões com o Moreirense. Mais tarde, e para a Taça da Liga, o internacional português foi titular com o Desp. Chaves e não mais voltou a sair da posição que era sua antes da longa ausência, somando já um total de 22 jogos e 1.879 minutos onde não conseguiu ainda marcar mas tem sido o pêndulo de equilíbrio da estrutura portista a nível defensivo e na primeira fase de construção.

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Este foi também um jogo especial para Danilo pelo simbolismo de uma marca que ficará na carreira: 150 encontros realizados na Primeira Liga (57 pelo Marítimo, 93 no FC Porto), que lhe valeram primeiro uma transferência para um grande (apesar de ter feito parte da formação no Benfica) e depois um título de campeão, na temporada de 2017/18.

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