O Facebook anunciou esta quinta-feira ter removido centenas de páginas, grupos e contas vinculados à Rússia, que fariam parte de duas grandes operações de desinformação, no seu mais recente esforço para combater as notícias falsas (‘fake news’).

A empresa ligada às redes sociais explicou que tomou as providências depois de encontrar duas redes “envolvidas em comportamento coordenado não autêntico” nas suas redes sociais Facebook e Instagram.

O responsável pela política de segurança cibernética do Facebook, Nathaniel Gleicher, disse numa mensagem num blogue que uma das redes operava em países da Europa Central e Oriental e a outra estava focada na Ucrânia.

As pessoas responsáveis pelas contas apresentavam-se como fontes de notícias independentes e publicavam sobre tópicos como o sentimento anti-NATO e movimentos de protesto.

Gleicher declarou que uma rede com 364 páginas e contas estava ligada a funcionários do Sputnik, um site estatal de notícias russo em língua inglesa.

O Sputnik não respondeu aos pedidos de comentário feitos por e-mail pela agência Associated Press, mas critica o Facebook numa declaração citada pela agência estatal russa RIA Novosti.

“Esta decisão é claramente política. Isto é equivalente a censura”, diz a declaração, acrescentando que o Facebook bloqueou as contas de sete dos seus escritórios em antigas repúblicas soviéticas.

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Numa segunda rede, o Facebook fechou outras 148 páginas, redes e contas, incluindo 41 no Instagram.

Esta é a mais recente de uma série de ações do Facebook para eliminar contas falsas nos últimos meses.

A empresa acelerou os seus esforços de escrutínio depois de ser criticada por ter sido demasiado lenta a responder a tentativas de influenciar as eleições norta-americanas de 2016.