O ministro do Ambiente e da Transição Energética, Matos Fernandes, afirmou esta sábado, 2 de fevereiro, que a frota automóvel do Estado “tem de se renovar” e que para este ano está prevista a aquisição de mais 200 veículos elétricos para a administração pública.

“Há muito para fazer? Há. A frota de automóvel do Estado tem de se renovar? Tem. Mas só no ano passado foram 170 veículos elétricos”, disse João Pedro Matos Fernandes.

O governante, que falava aos jornalistas em Ovar, após a assinatura dos contratos das empreitadas de desassoreamento na ria de Aveiro, adiantou que, durante este ano, está prevista a aquisição de mais 200 veículos elétricos para a frota de automóveis da administração pública, no âmbito do programa eCoMove.

Questionado sobre se a frota automóvel seria renovada nos próximos quatro anos, o ministro afirmou que dificilmente, nesse período de tempo “a frota estará já com um grande grau de renovação”.

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“Esse é um grau de renovação crescente de veículos menos poluentes e sobretudo de veículos elétricos. A maior parte dos veículos do Estado estão em entidades que fazem um reduzido número de quilómetros”, frisou.

Matos Fernandes realçou ainda o financiamento por parte do Estado para a aquisição de 715 novos autocarros, parte deles para empresas públicas, e de 500 veículos para os serviços ambientais das autarquias.

“Sempre que é adquirido um automóvel para uma entidade pública, têm de ser abatidos dois. Se for um veículo elétrico, não. Para cada um que se compra só tem de ser abatido um, sempre com mais de dez anos. Esta é uma regra do Orçamento de Estado e naturalmente é também um incentivo para que a renovação se faça, e se faça o mais rápido possível”, acrescentou.

O jornal Público alerta hoje para a substituição dos carros a gasóleo por outros menos poluentes por parte do Estado, afirmando que “cerca de 73% das viaturas da administração pública direta e indireta do Estado, incluindo gabinetes ministeriais, são a gasóleo”.

“Só existe um veículo a gás, 17 híbridos e 55 movidos a eletricidade”, diz o jornal.

Numa entrevista publicada na segunda-feira do Jornal de Negócios, o ministro do Ambiente e da Transição Energética afirmou ser “muito evidente que quem comprar um carro ‘diesel’ muito provavelmente daqui a quatro ou cinco anos não vai ter grande valor na sua troca”.

Antecipando que, “até 2030, um terço dos automóveis ligeiros que circulam em Portugal serão automóveis elétricos”, o governante disse acreditar que “daqui a quatro ou cinco anos um veículo elétrico custará provavelmente menos do que custa um veículo a combustão”.

SPYC // ROC

Lusa/Fim