Se o Zoe era um produto muito interessante, enquanto utilitário eléctrico, o Zoe que a Renault se prepara para lançar ainda este ano promete ser um “super” Zoe, com a marca francesa a procurar dotá-lo de munições que lhe permitam bater-se num segmento que se vai tornar cada vez mais competitivo, sobretudo devido à chegada de novos e mais aguerridos concorrentes.

Como seria de esperar, o novo Zoe adoptará uma estética revista, sendo que aqui residirá uma das suas evoluções menos bombásticas, pois ao que parece será baseada na frente que já vimos no Zoe e-Sport, um protótipo da versão desportiva da modelo, apresentada há cerca de dois anos.

Mais importantes são as alterações ao nível do motor, bateria e sistema de carga. Para começar, o motor de 92 cv, caso o modelo usufruísse da opção de carga rápida, a 43 kW, vai passar a 110 cv, existindo uma versão mais potente com 130 cv. Será contudo a bateria a recolher maior aceitação junto dos clientes, uma vez que se hoje o Zoe declara 300 km de autonomia em WLTP (e um pouco menos na versão com carga rápida, por o motor que monta ser menos eficiente), o novo Zoe vai anunciar 400 km em WLTP. Ou seja, mais do que o Leaf e+ com bateria de 62 kWh, que se fica pelos 385 km em WLTP.

Como se estas vantagens não bastassem, o Zoe de 2019 vai ter sempre carga rápida, só que os 43 kW deixam de ser o seu limite, podendo passar a aceitar potências de 100 kWh. E para ter acesso às redes europeias, a Renault vai deixar de utilizar a ficha do tipo 2, a conhecida Mennekes, trocando-a pela CCS Combo, o novo standard europeu.

A última boa notícia para os potenciais clientes é que a marca francesa, além do incremento dos trunfos do Zoe, parece estar igualmente a preparar-se para reduzir-lhe o preço. Argumento que, no limite, funciona melhor do que qualquer outro, se o que se pretende é massificar os eléctricos.

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