Os professores também querem uma greve financiada através de crowdfunding com fundos criados nas escolas, segundo avança o Diário de Notícias, esta quinta-feira. Ainda assim, Mário Nogueira faz questão de afastar qualquer semelhança com o protesto dos enfermeiros e a greve cirúrgica.

São fundos criados exclusivamente por professores e que já foram usados nas greves às avaliações do ano passado, não há aqui qualquer financiamento externo, não vamos ter de andar a dizer de onde vem o dinheiro. Aliás, nem sequer tem a interferência dos sindicatos.”

Em declarações ao jornal, Mário Nogueira, líder da Fenprof, é peremptório e ironiza, numa alusão à greve dos enfermeiros nos blocos operatórios: “Aqui não temos de andar a explicar de que fontes externas vem o dinheiro”. O financiamento da greve dos professores vem de quotizações entre os professores.

A greve dos professores desta quinta-feira, que se prolonga até sexta-feira, antecede a semana em que será entregue ao Governo de um abaixo-assinado, com mais de 50 mil assinaturas, que continua a servir a luta pela contagem do tempo de serviço dos professores que foi congelado.

Esta paralisação é um ponto de partida para os protestos que vão marcar o setor da educação até ao final do ano letivo e que podem deixar os alunos do 12.º ano sem aulas no terceiro período do ano letivo, se a negociação entre os sindicatos e o Governo não avançar e trouxer à tona novas formas de luta mais radicais.

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