Já passaram quase vinte e cinco anos desde que a modelo espanhola se reformou, depois de uma carreira a colaborar com nomes tão sonantes quanto David Lynch, Fabrizio Ferri ou Yves Saint Laurent e de ter sido capa da Vogue e cara do perfume Opium. Aos 57 anos, Nastasia viu-se obrigada a dormir na rua, depois de ter sido despejada pela terceira vez, e já lá vão mais de três meses. Mas entretanto, a ex-manequim voltou a posar para a fotografia.
É no imponente palácio de Fonollar, em Barcelona, e frente à câmara de Manuel Outumuro, que as poses elegantes e os vestidos coloridos de alta-costura relembram aquilo que a Nastasia não fazia há quase um quarto de século. A ex-modelo fez uma sessão fotográfica para aquele fotógrafo e designer gráfico espanhol que chegou a ser colaborador da revista Por Favor e diretor de arte do suplemento La Vanguardia Mujer. Para a espanhola a beleza é “saber levar os anos, aceitar as rugas e o facto de o cabelo não ser o mesmo de antes. Ser tão feliz por dentro como se parece por fora”.
O El País fala sobre a juventude de Consuelo Urbano (o seu verdadeiro nome) e conta que a modelo nasceu na Suíça, na altura em que a mãe trabalha numa fábrica em Birrfeld. A carreira à frente das câmaras começou quando uma foto de Nastasia na praia foi parar a uma agência de modelos. O auge de Nastasia acabou por ser nos anos 80 e a modelo chegou a receber um milhão de dólares (882 mil euros) por vinte dias de trabalho. Mas apesar da carreira de sucesso, Nastasia teve uma vida conturbada no que toca a relações amorosas. A espanhola afirma que o seu primeiro companheiro quis afastá-la da sua carreira. A modelo recorda ainda que investiu todo o seu dinheiro num outro homem: o seu marido e pai dos seus filhos. Nastasia diz que passou a vida a financiar os projetos fracassados deste homem e que ele foi “o fim de tudo”.