As unidades da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte querem libertar os hospitais dos utentes não urgentes, reencaminhando-os para centros de saúde nos quais possam ser atendidos no próprio dia e num curto espaço de tempo. A medida, que já tinha começado a ser colocada em prática em 2018 através do protocolo SNS+ Proximidade na região Norte do país, contou com o financiamento do Ministério da Saúde, num valor de 12,5 milhões de euros.

O vogal da ARS Norte, Ponciano Oliveira, diz ao Jornal de Notícias que os protocolos até à data realizados em diferentes hospitais do Norte, como são os casos de Matosinhos e Póvoa de Varzim, devem ser alargados a outras regiões e que o projeto “só terá fim quando tivermos uma forma de trabalhar diferente”.

Consultas nos centros de saúde e nos hospitais aumentaram em 2018

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, lamenta em declarações ao JN, que o protocolo tenha ficado parado por falta de “vontade política” e que isso é “o cancro do SNS e é inaceitável que governo após governo não se resolva”.

Com estes protocolos pretende-se reduzir o número de casos graves cujos tempos de espera não são cumpridos. O tempo de atendimento varia consoante a cor da pulseira que determina a urgência do utente: a pulseira vermelha remete para os casos de maior urgência, seguindo-se a laranja, amarela, verde e, por último, a azul. Todos os dias as urgências recebem mais de seis mil utentes com pulseira verde ou azul, ou seja 43% das pessoas que recorrem a esses serviços.

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