Charlie Whiting, diretor de corrida da Fórmula 1 desde 1997, morreu na madrugada desta quinta-feira, aos 66 anos. O britânico sofreu uma embolia pulmonar três dias antes do início da temporada de Fórmula 1, que arranca já no próximo domingo com o Grande Prémio da Austrália.

A notícia foi avançada pela FIA, que destaca a “longa carreira” de Charlie Whiting no desporto motorizado. Nascido em Kent, no Reino Unido, começou por preparar carros de ralis e acabou por integrar, em conjunto com o irmão Nick, a equipa Divina Galica na British F5000 Series de 1976. No ano seguinte, juntou-se à Hesketh F1 e depois à Brabham de Bernie Ecclestone, onde permaneceu durante uma década e acabou por chegar a diretor do departamento de mecânica. Em 1981 e 1983, quando o brasileiro Nelson Piquet se sagrou campeão mundial de F1 ao serviço da Brabham, Charlie Whiting era já diretor do departamento de engenharia.

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Whiting juntou-se à FIA em 1988, primeiro como delegado técnico, e depois enquanto diretor de corrida a partir de 1997: as suas principais funções passavam por gerir a logística de cada Grande Prémio, inspecionar cada veículo antes da partida, garantir que todas as regras da FIA estavam a ser cumpridas e ainda controlar as luzes dos semáforos que ditam o início da corrida. Ao longo de 21 anos enquanto principal responsável por cada etapa do Mundial de F1, Whiting foi também um dos grandes impulsionadores do halo, o aro de segurança que está agora presente em todos os monolugares e que tem como objetivo evitar eventuais impactos na cabeça dos pilotos, e também do encosto para a cabeça, que apoia o pescoço e diminui o risco de lesões na cervical.

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A morte inesperada de Charlie Whiting chocou o mundo da Fórmula 1, incluindo diretores e pilotos que trabalham diariamente e diretamente com o diretor de corrida. Jean Todt, presidente da FIA, foi um dos primeiros a reagir e afirmou que Whiting “era um figura central e inimitável que encarnava a ética e o espírito do desporto motorizado”. Também Max Verstappen, jovem piloto da Red Bull, garantiu que “a F1 não será a mesma” sem Charlie Whiting e Lewis Hamilton, que já leva cinco títulos mundiais, disse estar “incrivelmente chocado”.

Entretanto, a FIA já anunciou que será o australiano Michael Masi, um dos braços direitos de Charlie Whiting, a assumir a posição de diretor de corrida. Masi já desempenhava a mesma função na Fórmula 2 e na Fórmula 3 e sobe agora ao principal escalão da modalidade.