A Polícia Judiciária realizou esta quarta-feira buscas na Câmara de Vila Nova de Cerveira, no âmbito da Operação Éter, uma investigação em curso sobre uma alegada viciação de procedimentos de contratação pública, informou a autarquia.
Em comunicado enviado à Lusa, o município do distrito de Viana do Castelo adiantou que a diligência dos inspetores da Polícia Judiciária (PJ) do Porto visou o “dossier relacionado com a Loja Interativa de Turismo” do concelho.
Na nota, o presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, Fernando Nogueira, “considera tratar-se de um procedimento perfeitamente normal para ajudar a investigação em curso, e que está a decorrer em todos os municípios da área de influência da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal”. “O edil cerveirense entende que a criação da LIT do concelho não teve qualquer irregularidade que possa ser identificada”, acrescenta.
A Câmara de Cerveira refere ainda que “a Operação Éter visa a alegada viciação de procedimentos de contratação pública que conduziu à indiciação de cinco arguidos, entre eles, Melchior Moreira, antigo líder do Turismo do Porto e Norte de Portugal”.
Melchior Moreira foi detido a 18 de outubro de 2018 pela Polícia Judiciária e, no âmbito de uma investigação policial designada por Operação Éter, está a aguardar julgamento em prisão preventiva. Melchior Moreira tinha sido reeleito a 4 de junho de 2018 para o seu quinto e último mandato na TPNP, com 98,36% dos votos, para um cargo que exercia desde 2008.
Os restantes quatro arguidos no âmbito da operação policial Éter são Isabel Castro, diretora operacional da TPNP, Gabriela Escobar, jurista daquela entidade turística, Manuela Couto, administradora da agência de comunicação W Global Communication (antiga Mediana), e José Agostinho, da firma de Viseu Tomi World.