O Instituto Nacional da Criança (INAC) angolano indicou esta quinta-feira ter registado no país, em 2018, quase 21.500 casos de menores separados das famílias, em que quase metade fugiram da violência na vizinha República Democrática do Congo.
Os dados foram avançados pela chefe de departamento de Proteção e Promoção dos Direitos da Criança do INAC, Elisabete Neto, à margem de um seminário sobre “O Direito dos Migrantes, em Especial da Criança”, que decorreu hoje em Luanda.
A responsável avançou que, no ano passado, a instituição notificou em todo o país 725 crianças registadas como abandonadas pelos familiares, 158 que se perderam, 76 acusadas de feitiçaria e 348 menores vítimas de discriminação por serem portadores do vírus do VIH/SIDA.
Segundo Elisabete Neto, das estatísticas constam ainda o registo de quatro crianças suspeitas de tráfico de seres humanos, 11 menores raptados, 570 envolvidos em trabalho infantil e 464 jovens repatriados.