O governo francês lançou uma campanha pela redução do consumo de álcool entre adultos. O limite recomendado é de, no máximo, dois copos por dia e, de preferência, não todos os dias. Por semana, o Ministério da Saúde pede até 10 copos por dia. O France 24 relata que os franceses consideram “impossível apreciar uma boa refeição sem um bom vinho”.
O líder da agência governamental da saúde (Santé Publique France), citado pelo The Guardian, diz que, pelo menos, um quarto dos maiores de idade em França consomem álcool em excesso. A bebida “aumenta o risco de cancro, hipertensão, hemarrogias cerebrais e doenças cardiovasculares”, afirma Viet Nguyen-Thanh, o líder da Santé Publique France. O alcoolismo, aliás, será a causa de morte de 41 mil franceses todos os anos.
No entanto, Viet Nguyen-Thanh não vê a campanha governamental como a melhor forma de combater o problema: “Este tipo de publicidade chateia os consumidores moderados.”
A relação dos franceses com o vinho é histórica, e liga-se à produção vinícola no país. O Ministro da Agricultura, Didier Guillaume, disse mesmo ao L’Express que “o vinho não é um álcool como os outros”. Didier Guillaume esclareceu mais tarde à BFM TV que considerava o alcoolismo um problema, mas que nunca vira “um adolescente sair bêbado de um bar por beber Côtes-du-Rhône, Crozes-Hermitage ou Costières-de-Nîmes”.
Mesmo assim os franceses não são os mais consumidores de álcool na Europa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde o francês médio bebe 12,6 litros de álcool por ano. Na Lituânia bebe-se, em média, 15 litros por ano. Portugal está ligeiramente a baixo, com 12,3 litros anuais por pessoa.