Pode estar para perto uma cimeira entre Donald Trump e Xi Jinping. É essa a garantia do Washington Post e do The New York Times, que dão conta de movimentações na Casa Branca que apontam nesse sentido. Ao confirmar-se uma nova cimeira entre os dois líderes, o prato forte do encontro terá de ser inevitavelmente a guerra comercial que os dois países travam desde 2018.
De acordo com aqueles dois jornais, esta quinta-feira à tarde o Presidente dos EUA vi estar reunido com Liu He, enviado especial do governo chinês para o processo de negociações com os EUA.
Para já, a Casa Branca guarda silêncio quanto à possibilidade de uma cimeira, mas o vice-presidente executivo da Câmara de Comércio dos EUA, que é também o chefe da divisão de relações internacionais daquele órgão, sublinha o otimismo deste momento. “As conversações estão a progredir de uma maneira que permite que a confiança cresça”, disse Myron Brilliant. “É mais provável haver um acordo nas próximas semanas do que não haver acordo nenhum, mas ainda há trabalho pela frente”, disse.
Sem mencionar diretamente a possibilidade de uma cimeira, mas ainda assim sublinhando o momento de melhoria de relações entre os dois países, Donald Trump escreveu hoje no Twitter, entre outras coisas, que “o acordo com a China está a ir bem”.
Despite the unnecessary and destructive actions taken by the Fed, the Economy is looking very strong, the China and USMCA deals are moving along nicely, there is little or no Inflation, and USA optimism is very high!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) April 4, 2019
Ao South China Morning Post, uma fonte adianta que a China tem feito concessões ao longo da atual ronda de negociações. Entre estas concessões, pode estar uma maior abertura do mercado chinês a capital norte-americano.
Desde que a guerra comercial começou, as delegações dos EUA e da China já estiveram reunidas nove vezes. Apesar do diálogo persistente, as medidas impostas de um lado ao outro mantêm-se. Da parte dos EUA, que “disparou” primeiro, foram impostas tarifas a um valor aproximado de 250 mil milhões de dólares (222,8 mil milhões de euros) de importações chinesas. Do lado da China, foram impostas sanções a importações norte-americanas, entre bens agrícolas (com especial impacto para a soja e o milho) e automóveis.