A Uber Technologies confirmou, na noite de quinta-feira, os planos de dispersar parte do capital na bolsa de Nova Iorque, prevendo-se que venda ações no valor de 10 mil milhões de dólares. Esse é o encaixe que a empresa espera obter com a venda de cerca de um décimo do capital, ou seja, avaliando a totalidade da Uber num valor entre 90 e 100 mil milhões de dólares (até 89 mil milhões de euros).

A notícia de que Uber já tinha entregue a primeira documentação necessária para iniciar o processo de oferta pública inicial foi avançada pela Reuters, que acrescentava que, se correr bem, esta será uma das estreias bolsistas mais valiosas de sempre, no setor tecnológico. Isto apesar de a Uber ter reconhecido, nesses mesmos documentos, que já “queimou” 10 mil milhões de dólares desde 2016 — prejuízos que não se irão inverter em breve. No entanto, a faturação aumentou 42% para 11,3 mil milhões, acrescenta a Reuters.

Com prejuízos gigantes, a Uber vai conseguir sobreviver a “dar borlas”?

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No contexto de uma estreia pouco inspiradora na bolsa por parte da rival Lyft, de menor dimensão, a Uber terá a missão difícil de definir a avaliação perfeita para, por um lado, maximizar o interesse dos investidores e, por outro lado, garantir o maior encaixe possível. A avaliação entre 90 e 100 mil milhões fica bem abaixo dos 120 mil milhões que, a certa altura, se estimava que a Uber poderia valer. Por outro lado, porém, a empresa recebeu, recentemente, algum financiamento privado que avaliou a Uber em 76 mil milhões.

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