É do conhecimento geral a trajectória da Uber no domínio da condução autónoma. Tudo começou quando a Uber adquiriu a Otto, uma empresa formada por um ex-funcionário da Google, que trabalhava na Waymo, a sua divisão de condução autónoma. A Otto foi depois acusada de ter roubado 14.000 páginas de informação à Waymo e a Uber condenada a pagar 245 milhões por ter utilizado material roubado na sua divisão de veículos autónomos.

Depois disto, a Uber voltou a evidenciar-se pela forma mais criativa com que encarou os testes em vias públicas, pois enquanto a Waymo continua a fazer evoluir o seu sistema, sem grandes incidentes, a Uber tem tido uma trajectória mais problemática, com alguns acidentes e atropelamentos.

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Mas o projecto autónomo deve estar mais maduro e avançado, pois esta semana a notícia foi o investimento na condução autónoma da Toyota, da Denso e do SoftBank, tendo em vista a sua utilização nos futuros veículos de ride-sharing. A Toyota, que já tinha investido 500 milhões de dólares na Uber, em meados de 2018, vai agora canalizar mais 667 milhões de dólares (juntamente com a Denso, que também integra o Grupo Toyota)  para os carros autónomos da empresa de transportes, com o especialista em software a ser responsável pelo restante capital, ele que tem interesse em explorar a programação do rideshare.

Tribunal condena Uber a pagar 245 milhões à Google

Em contrapartida, a Toyota vai criar uma nova empresa, utilizando a tecnologia do Uber Advanced Technologies Group, com o arranque a estar previsto para o último trimestre de 2019. A Uber aproveitou para afirmar que “este investimento e a forte parceria com o Grupo Toyota é uma prova de qualidade do trabalho realizado pelo Uber Advanced Technologies Group”, nas palavras de Dara Khosrowshahi, a CEO da empresa.

Pelo seu lado, a Toyota revelou que, apesar de estar também a desenvolver internamente tecnologias autónomas, pretende ter uma frota dos seus veículos Sienna na rua em 2021, utilizando já as soluções desenvolvidas pela Uber.