As marcas alemãs, especialmente as mais luxuosas e desportivas, têm algumas responsabilidades na poluição do planeta. Os seus motores de grande capacidade e potência sempre consumiram quantidades acima da média de combustível, o que se traduz pelo correspondente volume de dióxido de carbono, além das partículas, NOx e enxofre.

Porém, como servem clientes cada vez mais preocupados com o ambiente, imbuídos de uma certa responsabilidade social, a Mercedes, bem como a generalidade das marcas mais reputadas, têm sido empurradas para os veículos eléctricos, híbridos e híbridos plug-in. Especialmente agora que o nosso planeta regista os níveis mais elevados de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

Na mesma semana em que o Observatório de Mauna Loa, no Havai, registou uma concentração de CO2 de 415 partes por milhão, o mais elevado desde que o primeiro ser humano caminhou na superfície do planeta, a Mercedes apresentou o seu programa Ambition 2039, durante a apresentação em Oslo do novo EQC, modelo alimentado por bateria que vai ser o primeiro eléctrico da marca a ser produzido em série, à razão de 100 unidades por dia em 2019 e o dobro em 2020. Essencialmente, trata-se de garantir que as suas fábricas, bem como as dos seus fornecedores, são neutras em carbono até 2022.

Do projecto faz ainda parte a existência de uma gama global de veículos em que 50% são eléctricos ou electrificados, o que segundo os responsáveis alemães será atingido em 2030, tudo para que a concentração de CO2 na atmosfera, que hoje é a maior dos últimos 800.000 anos, não continue a aumentar.

Estudos indicam que, a continuarmos no presente rumo, com os veículos a queimarem combustíveis fósseis e com estes a serem igualmente utilizados para gerar energia eléctrica, é bem possível em meados do próximo século os níveis de carbono no ar sejam os mais elevados dos últimos 56 milhões de anos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR