O grupo automóvel Ford anunciou esta segunda-feira a supressão até ao final de agosto de 7.000 empregos a nível mundial, para conseguir economizar e adaptar-se ao declínio de vendas de alguns modelos, em particular nos Estados Unidos.
O construtor automóvel norte-americano não divulgou pormenores sobre a eliminação de empregos, mas o total de 7.000 corresponde a 10% do total de trabalhadores. Com este corte, a Ford “pretende alcançar poupanças anuais de cerca de 600 milhões de dólares” (537 milhões de euros), indicou uma porta-voz, citada pela AFP. Os postos de trabalho a eliminar envolvem saídas voluntárias e despedimentos, adiantou.
Cerca de 800 empregos serão cortados nos Estados Unidos, Canadá e México, 500 dos quais já esta semana, precisou a porta-voz. Este número acresce ao de 1.500 empregados que deixaram o grupo nos últimos meses na região, mas através de saídas voluntárias.
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As medidas para economizar também vão afetar a China, a Europa e a América do Sul. “Ainda não temos detalhes precisos para cada uma destas regiões […] porque a reestruturação está a ser feita, mas só termina no fim de agosto”, acrescentou a mesma fonte. “Compreendemos que este é um momento difícil para as nossas equipas, mas as medidas são necessárias para pôr a Ford no caminho do sucesso e preparar a empresa para o futuro”, acrescentou.
As medidas de austeridade fazem parte de um vasto plano de reestruturação anunciado no outono pelo presidente executivo, Jim Hackett, para economizar 11 mil milhões de dólares e fazer da Ford um grupo mais “ágil” com procedimentos de tomada de posição mais rápidos. A Ford quer adaptar-se à transformação que está a ser feita no setor automóvel, sobretudo com o desenvolvimento de viaturas autónomas e a uma aceleração para os veículos elétricos, o que exige uma modernização das fábricas existentes.
Nesta perspetiva, a Ford está a reorganizar as suas atividades na Europa, ponderando uma possível redução na produção de modelos populares como o Fiesta, o Focus e o Mondeo.