Rangel disse estar a falar na “noite dos Paulos” no jantar-comício em Coimbra, pois antes o líder distrital (Paulo Leitão) e o presidente do Congresso do PSD, Paulo Mota Pinto, também tinham feito intervenções. Os ataques de Rangel foram centrados no PS, que diz que se “está a transformar num partido unipessoal, de Costa, apenas de Costa e de mais ninguém“. E a prova disso, aponta, é o facto de o “cabeça de lista ser relegado para segundo plano” de outros elementos da lista não aparecerem (caso de Pedro Silva Pereira) e de ex-líderes do PS não irem à campanha. Neste caso, aproveitou a deixa de Luís Filipe Menezes ao almoço e voltou a referir António José Seguro e Vítor Constâncio.

O cabeça de lista do PSD criticou a “ginástica ideológica” de Costa que “governa com a esquerda radical em Portugal, onde diz que é socialista, e em Bruxelas anda a namorar os liberais”. Rangel aproveitou para cavalgar as supostas contradições entre Costa e Pedro Nuno Santos, que protagoniza cada vez mais uma ala esquerda do PS. “Pedro Nuno foi dizer o seu contrário (…) que os socialistas não se devem aliar aos liberais”, atirou Rangel, para depois questionar qual o verdadeiro PS: “É o PS de Costa em Lisboa ou o PS de Pedro Nuno Santos em Aveiro?”

Rangel disse ainda que “ninguém devia votar no PS” se quer que Portugal tenha “peso” e “influência” na Europa. E a prova disso é que António Costa “quando vai procurar peso, não encontra.” O cabeça de lista do PSD começou depois a criticar o resto do pódio da lista do PS. Começando pela número dois, Maria Manuel Leitão Marques, que “diz que quer levar Simplex para a Europa”. Perante isso, Rangel questiona: “Que simplex quer levar? O da Loja do Cidadão em que se espera seis meses para o mais simples dos cartões? E ainda foi ao nº3 da lista, o “braço direito de Sócrates, ainda não apareceu em nenhuma ação de campanha”.

Antes de Rangel tinha falado um outro Paulo, o Mota Pinto, que é presidente do Congresso Nacional. Na linha do que tem sido a argumentação do PSD, o dirigente lembra que a lista do PS é “um repositório de ex-ministros” e que isso é mau sinal porque “ou estavam bem no governo, sabemos que não estavam, e não deviam ter saído; ou estavam a fazer mal e vão fazer mal para o Parlamento Europeu”

Mota Pinto também atacou os “sócios de esquerda” do PS, que lembrou que são “apoiantes das maiores ditaduras” como a Coreia do Norte. O discurso do filho do fundador do PSD terminou com um ataque às sondagens:”Os pseudo-estudos de opinião, vão ter no próximo domingo uma lição”.

A número dois da lista e indicação de Coimbra, Lídia Pereira, também pediu o fim do “nepotismo”, lembrando o caso de familiares do PS.

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