Depois de António Costa garantir que “não há razões para alterar aquilo que tem produzido bons resultados”, agora é a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que reforça a ideia do PS para a próxima legislatura: “É possível e desejável” repetir o acordo que nestes quatro anos uniu socialistas, Bloco de Esquerda, PCP e PEV.
“Os dirigentes do PS têm sempre reafirmado a vontade de repetir uma experiência, do nosso ponto de vista, boa”, considera a ministra, em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo. “Todos os partidos envolvidos fazem uma avaliação positiva, os resultados que obtivemos são bons para todos porque soubemos manter a identidade de cada partido e chegar a acordo no que é possível e viver com essas diferenças”, defende Mariana Vieira da Silva. “Todos os dias temos provas disso na Assembleia da República, nas pastas ainda em discussão”, garante.
O primeiro-ministro já tinha referido, na noite eleitoral das Europeias, que não vê razões para alterar a natureza da relação com o Bloco de Esquerda e o PCP. Mais tarde, questionado pela SIC se admitiria um governo alargado a esses partidos, António Costa respondeu de forma categórica: “Tem sido suficiente para uma muito boa amizade, mas insuficiente para podermos ter um casamento”.
Em relação ao PAN, questionada se o resultado nas europeias pode levar a “uma geringonça alternativa”, a ministra responde que tem havido diálogo com o partido de André Silva ao longo desta legislatura, mas que “é o momento de fazer balanço, ir a votos e deixar que os portugueses escolham” a configuração do Parlamento. “O resto trabalha-se depois, negociando, encontrando compromissos”, afirma.
António Costa. Convergência com BE e PCP tem sido “boa amizade”, mas é “insuficiente para casamento”