Não há nada como um automóvel ainda com aspecto de novo, especialmente quando o pretendemos vender como usado e perder o mínimo no negócio. Contudo, o valor na nossa “mercadoria” cai abruptamente quando o volante, as pegas das portas, a alavanca da caixa de velocidades e até partes do tablier – aqueles onde tocamos mais amiúde – se apresentam demasiado degradados e a necessitar de substituição urgente.

Para os técnicos da Ford, este é um problema que merece atenção. Daí que tenham concluído que os materiais utilizados pelos fabricantes não pioraram de qualidade, sendo os condutores que estão a causar uma degradação excessiva do revestimento do habitáculo.

Ao que parece, a responsabilidade por esta crescente crise da acelerada degradação dos plásticos e da pele que forram o interior dos veículos modernos tem tudo a ver com pormenores como o cada vez mais popular uso de desinfectantes de mãos. Se matam as bactérias e micróbios, fazem-no à custa de uma mistura com muito etanol, um álcool que “mata” igualmente o plástico e a pele. E como o recurso a este tipo de desinfectantes está previsto incrementar em 60% até 2024, é bom precaver-se, reduzindo a desinfecção ou passando a conduzir de luvas.

Outro produto que é assassino para os materiais que revestem o habitáculo são os protectores solares de factor elevado, cujos químicos protegem a pele humana dos raios solares, mas estão longe de fazer o mesmo em relação aos plásticos.

E se é daqueles que teme os ataques dos mosquitos e recorre sistematicamente a repelentes, saiba que esses químicos que tanto desagradam aos nossos “amigos” alados com ferrão”, não são particularmente simpáticos com os revestimentos do habitáculo.

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