Um homem, detido em 2015 por crimes sexuais e entretanto libertado, aliciou mais de 100 menores depois de sair da prisão. Segundo o Correio da Manhã, pelo menos dez raparigas acederam aos seus pedidos e enviaram-lhe ficheiros de cariz sexual, num espaço de poucos meses.

Vivia em Paredes de Coura e era a partir de sua casa, utilizando plataformas online, que o homem atuava. Com 44 anos, estava proibido pelas autoridades de aceder ao Facebook, depois de ter sido detido e pouco depois libertado pelo juiz em 2015. Como tal, o arguido começou a recorrer a outras redes sociais, como a plataforma Musical.ly, o WhatsApp e o Skype.

Apresentando-se como um adolescente chamado ‘José João’ enviava fotografias suas de cariz sexual e esperava respostas semelhantes das menores. Em setembro do ano passado, durante buscas à sua casa, a Polícia Judiciária encontrou mais de 709 ficheiros de cariz sexual no seu telemóvel – quer dele, quer das vítimas.

Quando foi detido pela segunda vez, em setembro de 2018, o próprio confessou à Polícia Judiciária que aliciara mais de 100 crianças. A PJ conseguiu identificar quatro das vítimas, com 10, 12, 13 e 15 anos, sendo que o crime foi denunciado por um familiar da mais nova. A jovem de 13 anos foi a única que se recusou a aceder aos pedidos do predador. Todas as outras partilharam imagens íntimas.

Pelos crimes contra estas quatro menores o homem será julgado no Porto, no Tribunal de São João Novo, em setembro. No entanto, a PJ deixou registado no relatório final que há uma enorme probabilidade de existirem mais vítimas. Aguarda na cadeia o julgamento por cinco crimes de pornografia de menores na forma agravada e três crimes de abuso sexual de crianças.

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