O cantor Elton John criticou esta segunda-feira a imprensa britânica, depois de vários jornais do Reino Unido terem noticiado que o príncipe Harry e Meghan Markle usaram um jato privado quatro vezes em 11 dias — apesar de o neto da rainha Isabel II defender frequentemente a necessidade de lutar contra as alterações climáticas.

Uma das viagens feitas por Harry e Meghan Markle foi precisamente para a casa de Elton John e do seu marido, David Furnish, em Nice, França.

Numa publicação no Instagram, Elton John disse estar “profundamente perturbado pelos relatos distorcidos e maliciosos na imprensa à volta da estadia privada do duque e da duquesa de Sussex na minha casa em Nice na semana passa”.

A mãe do príncipe Harry, a princesa Diana, era uma das minhas amigas mais queridas. Sinto uma profunda obrigação de proteger o Harry e a família dele da intrusão desnecessária da imprensa que contribuiu para a morte de Diana”, justifica o cantor.

“Depois de um ano agitado em que continuaram o seu trabalho intenso dedicados à caridade, eu e o David quisemos dar à jovem família umas férias privadas no interior da segurança e da tranquilidade da nossa casa. Para manter um nível elevado da muito necessária proteção, demos-lhes um voo num jato privado”, explica Elton John.

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O cantor referiu-se diretamente à principal crítica da imprensa — as questões ambientais — e afirmou que assegurou que “o voo deles foi neutro em termos de emissões de carbono, dando o contributo apropriado para a Carbon Footprint“.

Os jatos privados, por transportarem um número muito reduzido de pessoas, têm uma pegada ambiental por pessoa por quilómetro muito maior do que os aviões comerciais regulares.

O contributo de que fala Elton John é uma opção já disponível na maioria das companhias aéreas, que permite calcular qual o impacto individual de um voo e pagar uma quantia correspondente, que é encaminhada para financiar projetos de sustentabilidade ambiental.

Há pouco mais de um mês, também no Instagram, o príncipe Harry defendia a necessidade de lutar contra as alterações climáticas em cada ação diária de cada um.

Os danos ambientais têm sido considerados um subproduto necessário do crescimento económico. Este pensamento está de tal forma entranhado que já faz parte da ordem natural o facto de o desenvolvimento da humanidade ser feito à custa do planeta”, disse Harry.

“Só agora estamos a começar a perceber os danos que temos vindo a causar. Com quase 7,7 mil milhões a viver na Terra, cada escolha, cada pegada, cada ação faz a diferença“, acrescentou Harry.