O mecanismo de proteção civil da União Europeia foi ativado para ajudar a Bolívia a combater os incêndios florestais na região de Chiquitania, no seguimento de um pedido de assistência de La Paz, anunciou esta sexta-feira a Comissão Europeia.
O executivo comunitário indicou que, “como uma primeira resposta imediata”, está a mobilizar uma equipa de especialistas de vários Estados-membros para ser enviada para as zonas afetadas.
A UE está solidária com a Bolívia e todos os países na região afetados pelos fogos devastadores. Os incêndios na região da Amazónia mostram que as alterações climáticas aumentaram globalmente a ameaça de desastres naturais. Temos o dever de trabalhar em conjunto para proteger o nosso ambiente”, comentou o comissário europeu responsável pela Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides.
Na quinta-feira, também as Nações Unidas anunciaram que estão a trabalhar com a Bolívia, país que pediu assistência internacional para combater os incêndios na Amazónia, que afetam igualmente a região boliviana da floresta tropical.
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta. Tem cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França). No último mês, ocorreram incêndios simultâneos em vários países da América do Sul.
Na Bolívia, mais de 700.000 hectares de florestas e pastagens arderam, na área da Chiquitania. No caso do Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que contabiliza incêndios por imagens de satélite, informou que os focos de incêndio em todo o país até agora superam em 83% os registados no mesmo período de 2018.
Governo brasileiro assume que “cometeu erros” no combate às queimadas na Amazónia