O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou na sexta-feira que o impasse comercial está a forçar Pequim a adotar uma linha mais moderada com Hong Kong, que vive há quase três meses um clima de constestação social.
Após confirmar que as novas taxas alfandegárias sobre produtos chinesas vão entrar em vigor este domingo, Trump traçou um pior cenário na antiga colónia britânica sem a pressão dos Estados Unidos sobre a China.
“Sem as negociações comerciais, Hong Kong enfrentaria mais dificuldades”, disse o chefe de Estado norte-americano, que já deu a entender que só chegará a acordo com a China se Pequim tratar Hong Kong “de forma humana”.
Os protestos na região administrativa especial chinesa começaram inicialmente contra emendas propostas pelo Governo a uma lei que permitira extraditar suspeitos de crimes para a China.
Os manifestantes exigem agora a retirada definitiva da lei da extradição, a libertação dos manifestantes detidos, que as ações dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial, a demissão da chefe de governo Carrie Lam e sufrágio universal nas eleições para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.
Na sexta-feira, o movimento que tem liderado desde junho os maiores protestos em Hong Kong cancelou a manifestação e a marcha previstas para sábado, após perder o recurso contra a decisão da polícia de proibir as iniciativas.