O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, afirmou esta terça-feira que a maioria das pensões terá um aumento acima da inflação no próximo ano, depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter revisto em alta o crescimento económico.
“Não conhecemos ainda qual será o valor da inflação, nem a dimensão dessa subida, mas o que é já seguro, com os dados que conhecemos, é que teremos um crescimento médio em dois anos superior a 2%, portanto teremos uma atualização das pensões, a maioria delas, acima da inflação”, garantiu João Vieira da Silva.
Em declarações à agência Lusa, à margem da cerimónia de comemoração dos 40 anos do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em Lisboa, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social esclareceu que, segundo a fórmula de cálculo que faz parte da lei, o aumento das pensões depende da evolução da inflação e também do crescimento económico.
O governante relembrou que, na segunda-feira, o INE reviu em alta o crescimento económico dos anos 2017 e 2018 e “quando isso acontece, como já aconteceu no ano passado e no outro ano [2017] […] a grande maioria das pensões tem direito a uma subida acima do valor da inflação” e as restantes ao nível da inflação.
“Aquilo que o crescimento económico de 2018, que foi revisto em alta, vem garantir é que, com o que já conhecemos dos dados de 2019”, a fórmula de cálculo das pensões, que tem a ver com a média de dois anos, “será seguramente superior a 2%”, reiterou Vieira da Silva.
O INE melhorou em três décimas o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, de 2,1% para 2,4%, tendo também melhorado em sete décimas a evolução da economia em 2017.
“Em 2018, o PIB aumentou 2,4% em volume, mantendo-se o investimento como a componente mais dinâmica (crescimento de 6,2%)”, informou o INE nas Contas Nacionais Anuais – Base 2016, melhorando em três décimas a anterior estimativa para a expansão do PIB, de 2,1%, no ano passado.
Já “o crescimento do PIB em 2017 situou-se em 3,5% em volume, sendo de destacar o elevado crescimento do Investimento (11,9%)”, indicou também o INE. Trata-se de uma revisão em alta de sete décimas face aos anteriores 2,8% apontados para o crescimento da economia naquele ano.