O filme “O Irlandês” estreou esta sexta-feira, 27 de setembro, no Festival de Cinema de Nova Iorque. E as primeiras críticas estão aí. A longa longa-metragem, com uma duração de 3 horas e 29 minutos, junta grandes nomes do cinema — Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci — e, poucas horas após a sua primeira exibição, soma elogios: do “épico”, da Variety e do The Guardian, ao “incrivelmente impressionante” da Vulture. Apresentá-lo como um possível candidato à corrida dos Óscares começa a ser tema de conversa.
Um “conto monumental e elegíaco de violência, traição, memória e perda”, começa por descrever o The New York Times. “Este é o filme menos sentimental sobre a vida da máfia de Scorsese e, por esse motivo, o mais comovente”, continua o crítico A.O. Scott, que assegura que o facto de o realizador ter retirado idade aos protagonistas com recurso a efeitos digitais não “retira” o espetador da longa-metragem, embora tal exija alguma habituação.
Já o crítico da Variety começa por usar a expressão “épico majestoso” para descrever o novo filme de Scorsese dedicado à máfia. Owen Gleiberman resume: esta é a longa-metragem do realizador que “muitos de nós queriam ver”. “Ameaçadora”, “imponente”, “uma visão do submundo do crime repleto de ecos” dos filmes anteriores sobre a máfia assinados por Scorsese, embora leve o espetador “a um lugar novo e ousado”. O Hollywood Reporter, por sua vez, assegura que esta é uma saga sobre gangsters “divertida e ricamente nostálgica”. “‘O Irlandês’ é, a muitos níveis, uma peça de cinema lindamente trabalhada”, lê-se ainda na respetiva crítica.
Martin Scorsese juntou De Niro, Pacino e Pesci, fez “O Irlandês” e leva-o para a Netflix
A isto somam-se as opiniões que proliferam no Twitter de nomes de peso na indústria. Jordan Hoffman, crítico do New York Daily News, escreve que o filme tem um ritmo e um tom diferente de “Tudo Bons Rapazes” e de “Casino”, sendo, no entanto, “absolutamente fantástico”. Chris Evangelista, da Empire Magazine, opta por afirmar que o filme “é uma obra-prima”, além de “engraçado, épico e acima de tudo, melancólico”. E Kevin L. Lee, da Rotten Tomatoes, confirma que, apesar de longo, “nunca é cansativo”.
https://twitter.com/jhoffman/status/1177620230434168832?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1177620230434168832&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.omelete.com.br%2Fnetflix%2Fo-irlandes-reacoes-critica
THE IRISHMAN is a masterwork. Funny, epic, and most of all, melancholy. It’s Scorsese confronting aging, legacies, and mortality. I may or may not have teared up at the end…
— Chris Evangelista (@cevangelista413) September 27, 2019
Boy. #TheIrishman is a fitting homecoming for De Niro, Pacino, Pesci, and Scorsese’s ode to gangster cinema. Hilarious and sharply written. A portrait of mortality and legacy, told like a culmination of everything we have ever seen in this genre. It’s LONG but never boring. #NYFF pic.twitter.com/OBTAXem4On
— kevin l. lee (@Klee_FilmReview) September 27, 2019
A opinião parece ser, por enquanto, unânime, com o site IndieWire a escrever que “O Irlandês” coloca a Netflix na liderança à corrida dos Óscares. O Deadline confirma que a obra de Scorsese despertou uma conversa “imediata” sobre estatuetas douradas.
O filme que soma quatro estrelas na crítica publicada no jornal The Guardian chega aos cinemas a 1 de novembro (embora não estreia nas grandes salas portuguesas) e tem data de estreia prevista na plataforma de streaming Netflix a 27 de novembro.