O sistema público de saúde do Reino Unido abriu esta terça-feira a primeira clínica para tratar pacientes viciados em videojogos, apostando assim em tratar este problema como uma doença mental.

A clínica está destinada a pacientes entre os 13 e os 25 anos. Será para ali, naquela clínina em Londres, que os médicos deverão dirigir o seus pacientes que demonstrem sofrer de distúrbios com videojogos. Além de consultas presenciais, haverá também a possibilidade de consultas através do Skype.

“O distúrbio com videojogos é uma doença de saúde mental que pode ter um efeito altamente debilitante da vida das pessoas, tanto para os pacientes como para as suas famílias, que podem sentir-se imensamente desesperadas perante o vício dos seus próximos”, disse a diretora do Centro para os Distúrbios com a Internet e Videojogos, Henrieta Bowden-Jones.

Em 2018, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já tinha considerado o vício em videojogos como uma doença mental., classificando-o como “distúrbio com videojogos”. A OMS diz que esta doença mental é “caracterizada pela falta de controlo em relação aos videojogos, priorização dos videojogos em detrimento de outras atividades ao ponto em que os videojogos se torna mais importantes do que outros interesses e atividades quotidianas, ou a continuação ou escalada do uso de videojogos apesar da ocorrência de consequências negativas”.

Ainda segundo a OMS, o diagnóstico confirma-se quando este padrão comportamental se manifesta ao longo de pelo menos 12 meses e tem efeitos negativos em dimensões como a pessoal, familiar, social, educacional ou profissional, entre outras.

“O distúrbio com videojogos não é uma doença mental que se possa desprezar. Estamos a falar de casos em que uma pessoa chega a passar 12 horas a jogar jogos de computador e que pode isolar-se socialmente e perder o seu emprego como consequência”, realça Henrieta Bowden-Jones, citada pelo The Guardian.

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