Apesar de ser apresentado como um protótipo, tudo indica que a segunda geração do Mirai não vai diferir muito do veículo que mostramos aqui. Consideravelmente mais comprido (com 4,97 metros) e muito mais generoso na distância entre eixos (2,918 m), a maior diferença entre a actual e a futura geração do Mirai, que vai ser comercializado no final de 2020, é uma estética mais consensual.

Enquanto a primeira versão do Mirai – ainda em comercialização nos países que possuem rede de distribuição de hidrogénio, que não é o caso português – recorria a uma estética demasiado ousada e vistosa, que teria amantes, mas igualmente detractores, o próximo Toyota eléctrico alimentado por células de combustível a hidrogénio assume linhas mais elegantes e discretas. Em certos aspectos, faz até lembrar alguns Lexus, a marca de luxo do gigante japonês, o que até faz sentido, uma vez que partilha muitos elementos com alguns deles (os que utilizam a mesma plataforma do grupo nipónico).

Outra das grandes diferenças é a adopção, por parte da Toyota, de chassis com motores traseiros nos veículos eléctricos, em vez de colocar o motor à frente, onde é tradicional encontrá-lo nas versões com motor a gasolina. Esta é uma solução abraçada pela Tesla, a que aderiram também as marcas do Grupo Volkswagen, que desenharam plataformas específicas para veículos eléctricos, para assegurar uma melhor “arrumação” dos elementos mecânicos e incrementar o aproveitamento do espaço.

A marca nipónica não revelou a potência do motor eléctrico, da fuel cell ou da pequena bateria de iões de lítio que alimenta o Mirai nas fases em que a célula de hidrogénio ainda não está em funcionamento (durante o arranque, por exemplo). Afirmou, sim, que o Mirai de 2020 vai utilizar uma célula de combustível de segunda geração, mais eficaz, mais pequena e mais barata, o que não a impede de garantir uma autonomia superior (em parte, graças a depósitos de gás com maior capacidade), superando os 630 km, quase mais 30% do que na geração anterior.

Por dentro, o novo Mirai promete ser mais espaçoso, exibindo um ecrã central com 12,3” e um retrovisor interior digital. Resta saber se as maiores dimensões do Toyota a fuel cell lhe vão permitir ser mais barato do que o actual, isto apesar de a marca mencionar uma redução dos custos da fuel cell em cerca de 50%.

O modelo será mostrado ao público pela primeira vez no Salão de Tóquio, que abre as portas a 24 de Outubro, altura em que certamente passarão a ser conhecidos mais pormenores.

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