A Calibra, a associação que o Facebook criou para gerir a sua possível criptomoeda, a Libra (o nome é também assim em inglês), pode ter perdido membros cruciais como o PayPal, Visa ou Mastercard. Contudo, como avança o CNet, não é isso que vai parar o Facebook. Esta segunda-feira, a empresa liderada e fundada por Mark Zuckerbeg anunciou que 21 organizações, incluindo a Vodafone, a Uber e o Spotify e a startup com ADN português Farfetch, juntaram-se formalmente à Calibra para continuar o projeto.

eBay, Visa e Mastercard também já não apoiam a criptomoeda do Facebook

O Facebook anunciou a criptomoeda Libra em junho e, desde aí, tem encontrado vários obstáculos para avançar com os planos de uma moeda digital para concorrer com outras criptomoedas mais conhecidas como a bitcoin e o ethereum, ou até o dólar e o euro (a Libra já foi apelidada por políticos americanos como “uma ameaça ao dólar”). Com a saída da Calibra de empresas de peso em transações monetárias como Visa, a Mastercard ou o PayPal, esperava-se que o Facebook pudesse cancelar este projeto.

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Criptomoeda do Facebook leva Mark Zuckerberg de novo ao Congresso dos EUA

A 23 de outubro Mark Zuckerberg vai prestar declarações — pela segunda vez na história —  no Congresso dos Estados Unidos da América relativamente aos perigos que esta moeda digital levanta. Segundo a informação avançada pelo comité de serviços financeiros dos EUA, “Zuckerberg vai ser a única testemunha numa audição chamada: “Uma análise ao Facebook e ao seu impacto nos setores de serviços financeiros e habitação”.

A rede social quer utilizar a tecnologia de encriptação para permitir efetuar transações virtuais entre pessoas e organizações sem intermediários. Para isso, criou uma subsidiária chamada “Calibra” para o investimento nesta moeda digital. A Calibra vai fazer parte da “Rede Libra”, a associação da criptomoeda que vai gerir esta forma de dinheiro.

As criptomoedas são unidades de dinheiro digital que utilizam como base a tecnologia blockchain. Esta inovação tem gerado bastante interesse entre os investidores — e assustado a banca. Em 2018, a bitcoin, criptomoeda mais conhecida, bateu recordes, com os primeiros investidores a tornarem-se multimilionários. Depois, desceu a pique — mantendo, mesmo assim, uma valorização de cerca de dois mil euros — para, agora, ter subido novamente. Contudo, as quedas num espaço de horas de oscilação de valor desta moeda rondam, por vezes, os milhares de euros (uma bitcoin vale, atualmente, cerca de 7.500  euros, há um mês valia cerca de 8.700).