A empresa mineira australiana Syrah iniciou nos Estados Unidos a produção de um componente de baterias com minério de Moçambique, anunciou esta segunda-feira em comunicado.

“Este é um marco para a Syrah na execução da estratégia da empresa de desenvolver a produção verticalmente integrada”, ou seja, da origem à comercialização, explicou, numa altura em que está quase totalmente dependente da procura por parte de fabricantes chineses.

A grafite é extraída na mina explorada pela empresa em Balama, Cabo Delgado, norte de Moçambique, e passa a agora a ser encaminhada também para a fábrica que a firma colocou em funcionamento em Vidalia, no estado de Louisiana, EUA.

“Este é um passo significativo para a Syrah, fornecendo uma fonte alternativa e complementar ao fornecimento de ânodos de bateria da China, demonstrando o nosso compromisso em desenvolver a primeira infraestrutura de produção em larga escala e totalmente integrada, fora da China”, destacou Shaun Verner, diretor-executivo.

As primeiras amostras de grafite esférica – purificada e por purificar – vão agora ser enviadas para clientes para testes.

O anúncio surge três semanas depois de a Syrah anunciar que vai reduzir o número de trabalhadores em cerca de um terço, em Moçambique. Trata-se de uma das medidas de contenção de despesas que vão ser tomadas depois da queda do preço de venda do minério à China, que vai levar a uma redução da produção da mina de Balama.

A mina iniciou a produção comercial há dois anos empregando cerca de 650 trabalhadores, quase na totalidade moçambicanos. A China é o seu grande mercado sendo o minério usado na produção de baterias para carros elétricos.

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