Luís Filipe Vieira é suspeito de ter beneficiado de fraude no caso BES, escreve esta quinta-feira a Sábado. O Ministério Público acredita que o banco ajudou a Inland, empresa do presidente do SL Benfica, através de uma entidade sediada na Suíça chamada Eurofin — a qual terá servido, durante anos, “para mascarar as contas do banco”.

Segundo o Ministério Público, a Eurofin foi ainda usada para reestruturar dívidas de “clientes privilegiados” da administração de Ricardo Salgado — é o caso da Inland, imobiliária de Luís Filipe Vieira. Também a Obriverca, de Eduardo Vítor Rodrigues, sócio de Vieira, e a Greenwood terão beneficiado deste sistema.

À Sábado, Luís Filipe Vieira, questionado sobre eventuais relações entre a empresa e “um conjunto de veículos Eurofin”, disse desconhecê-los. À mesma publicação, o presidente do Benfica garantiu ainda nunca ter sido ouvido como testemunha ou arguido no processo do BES.

No final de 2017, Vieira e o Novo Banco — que sucedeu ao BES — fecharam um acordo com vista à reestruturação de parte da dívida das suas empresas, no valor de 400 milhões de euros. O Expresso escreveu à data que as negociações aconteceram durante um ano e meio, sendo que o presidente do SL Benfica era, então, um dos maiores devedores do BES. Uma parte dessa dívida, continua a Sábado, foi incluída num fundo de reestruturação gerido pela Capital Criativo — empresa do vice-presidente do Benfica, que tem Tiago Vieira, filho de Luís Veiria, como acionista.

Segundo os emails apreendidos pelo Ministério Público nas instalações do BES, Vieira, que formalmente não pertence à estrutura societária da Capital Criativo, teria um papel ativo nos negócios desta empresa.

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