A PSA foi dos fabricantes que mais resistiu à chegada dos veículos eléctricos. Mas, como diz o povo, “o que tem de ser tem muita força”. O português Carlos Tavares, CEO do grupo francês, decidiu começar a apostar forte na produção deste tipo de veículos, em parte porque os automóveis a bateria até podem libertar maiores margens de lucro. É exactamente a esta finalidade que se destina a nova fábrica de motores agora inaugurada em Trémery, de onde vão sair os motores para os Peugeot e-208, Opel Corsa-e e DS e Crossback E-Tense, além dos furgões eléctricos do grupo.
O objectivo para Trémery é estar em condições de fabricar 120.000 motores já em 2020, valor que depois irá subir para 180.000 motores em 2021. Resta saber se este volume de motores eléctricos será suficiente para o grupo francês atingir o limite de 95 gramas em 2020. Basta comparar com a produção que a Renault está comprometida para o novo Zoe, de 800 unidades por dia (depois de ter fabricado 220/dia até 2018 e 440/dia até final de 2019).
Mas a nova linha de produção tem potencial de crescer até 900.000 motores/ano, fruto da parceria que a PSA tem assinada desde 2017 com os japoneses da Nidec, de acordo com o vice-presidente para a produção e fornecedores da PSA, Yann Vincent. É graças a este acordo que a PSA pensa atingir anualmente 900.000 unidades, valor que será mais do que é necessário para satisfazer as necessidades da PSA para 2025, entre as unidades de que precisa para equipar os modelos 100% eléctricos e os híbridos plug-in, o que levanta a possibilidade de fornecer igualmente motores para outros fabricantes. Veja aqui a montagem da fábrica, que deverá produzir 230 motores/dia em Dezembro de 2019, antes de incrementar a produção para o ano seguinte: