As alterações climáticas continuam a ser um tema de grandes discussões, especialmente quando se juntam ambientalistas e amantes de grandes carros com motores a combustão. Greta Thunberg é uma sueca de 16 anos, preocupada com o futuro do planeta, enquanto Jeremy Clarkson é o mais emblemático – e, muito provavelmente, o mais bem pago – dos apresentadores de programas de televisão, pelos seus conhecimentos de indústria automóvel e paixão por veículos marcantes.

Num passado recente, Clarkson manifestou o seu desagrado em relação a Greta, salientando, por outro lado, o respeito que diz ter pelos cientistas que, em vez de reclamarem “sem nexo ou sem sentido”, segundo ele, se batem pela descoberta de soluções que ajudem a melhorar a qualidade do ar.
Agora Clarkson voltou à carga, depois de uma incursão pelo Camboja, onde gravou mais uma edição do The Gran Tour, que passa na Amazon. Em entrevista ao The Sun, confessa que aí tomou contacto, em primeira mão, com as alterações ambientais. Mas tal não o impede de continuar a considerar a activista sueca uma “idiota, por continuar a andar por aí a afirmar que vamos todos morrer, o que obviamente não resolve o problema”.

Em declarações ao jornal britânico, o popular apresentador acusa Greta de ser responsável pelo facto de os jovens terem deixado de gostar de carros e (até) pelo fim dos salões automóveis, ainda que estes tenham entrado em crise muito antes do “fenómeno” Greta.

A recente incursão pela Ásia da equipa do The Grand Tour levou-os a realizar uma viagem de 800 km entre o Camboja e o Vietname, em três diferentes tipos de barcos de rio e com muita bicicleta à mistura. A opção pelos velocípedes deveu-se à reduzida precipitação, que diminuiu drasticamente o nível de água no rio Mekong. Por causa das alterações climáticas, Clarkson e a sua equipa tiveram de encontrar uma alternativa para efectuarem a ligação entre o Camboja e o Vietname. O apresentador reconhece que há um grave problema ambiental para resolver, mas continua a defender que a solução não passa (apenas) por gritar e apontar o dedo, como faz Greta Thunberg.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR