Os veículos eléctricos necessitam de baterias mais baratas, com maior capacidade e longevidade e, sobretudo, mais rápidas de recarregar. A evolução nos últimos 10 anos tem sido notável, mas como os acumuladores se assumem cada vez mais como um excelente e lucrativo negócio, não faltam investidores decididos a fornecer capital a fabricantes de células de baterias ou startups capazes de surpreender o mercado com tecnologias inovadoras.
De acordo com o Breakthrough Batteries Report, as empresas de Venture Capital investiram mais de 1,4 mil milhões de dólares em tecnologia relacionada com baterias e isto apenas na primeira metade de 2019. Até 2023, prevêem-se investimentos na ordem dos 150 mil milhões, só para ser possível ter baterias melhores e mais baratas, pelo que não é de espantar que o custo médio dos acumuladores esteja condenado a cair.
De acordo com as previsões, o custo do kWh em 2023 deverá ser metade do que era em 2018. E se a Bloomberg estimou em Março que o preço era então de 187 dólares por kWh, deverá cair para 87$/kWh em 2025. E se tivermos em conta que a bateria é a peça mais dispendiosa de um veículo eléctrico, é fácil de perceber de onde vem o maior contributo para reduzir os custos dos modelos alimentados por bateria.
Numas contas rápidas, isto significa que se hoje a bateria de 100 kWh de um Tesla Model S custa 18.700$, estima-se que o seu preço baixe para 8.700$ dentro de cinco anos. Estes especialistas estão igualmente convencidos que o lítio continuará a ser fundamental para os acumuladores num futuro próximo, ou seja, até 2023. Mas depois dessa meta todas as apostas são válidas.