A primeira edição do Festival Internacional de Literatura e de Língua Portuguesa — Lisboa Cinco L decorre entre 5 e 10 de maio, e será programado e coordenado pelo livreiro e criador do Folio, José Pinho, foi esta terça-feira anunciado.

Num comunicado divulgado, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) revela que José Pinho foi o autor da proposta escolhida pela autarquia “no âmbito do concurso público realizado para a Direção Artística do Festival Lisboa Cinco L” e que a ele “caberá a programação e a coordenação geral deste evento de dimensão internacional, que visa celebrar a Língua, os Livros, a Literatura, as Leituras e as Livrarias em Lisboa”.

Na nota, a CML anuncia que a primeira edição acontece já este ano, entre 5 e 10 de maio, sendo que “o primeiro dia coincide com a data escolhida pela UNESCO [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura ] para assinalar o Dia Mundial da Língua Portuguesa, que este ano se celebra pela primeira vez”.

A programação do festival, adianta a autarquia liderada por Fernando Medina (PS), “abrangerá diversas expressões artísticas, e vai distribuir-se por diferentes espaços da cidade, desde bibliotecas e teatros municipais a cinemas, livrarias e cafés, entre outros”.

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A CML recorda que José Pinho é o “criador, diretor, curador e coordenador dos festivais literários Folio — Festival Literário Internacional de Óbidos e Latitudes: Viagens e Viajantes”. Além disso, José Pinho “desempenhou também funções de livreiro e editor” e “foi cofundador da Ler Devagar, projeto que teve início no Bairro Alto e que, durante os últimos 20 anos, passou por seis espaços na cidade de Lisboa, sendo o último a LX Factory”.

José Pinho foi igualmente “o responsável pela instalação de livrarias de Óbidos no âmbito do projeto Óbidos Vila Literária, cofundador da Nouvelle Librairie Française de Lisboa e sócio-gerente da Ferin, livraria histórica situada também na capital”.

“Instalou as Livrarias de Portugal País Convidado nas Feiras do Livro de Sevilha e de Madrid, em Espanha, e de Guadalajara, no México, e participou em festivais literários e conferências internacionais em vários países por todo o mundo, como Espanha, Itália, França, Brasil, Canadá, Austrália, entre outros”, refere a CML.

A realização de um encontro internacional de literatura e língua portuguesa em Lisboa partiu de uma proposta do PCP, que foi aprovada em reunião de câmara em setembro de 2018.

A proposta do PCP sobre o encontro internacional de literatura e língua portuguesa, apresentada em maio desse ano, foi aprovada em reunião privada do executivo com votos favoráveis do proponente, do BE e do PS, e a abstenção do CDS-PP e do PSD, que queriam o evento incluído na Feira do Livro.

Segundo a proposta, trata-se de um evento de dimensão internacional, para celebrar “a língua, os livros, a literatura, as leituras e as livrarias em Lisboa, denominado Lisboa Cinco L”.

Na proposta prevê-se que o “evento seja promovido em toda a cidade, em articulação com as escolas, universidades, freguesias e outros parceiros, envolvendo a população local e garantindo uma diversidade estética, diferenciação de géneros e distintos públicos”.

Os comunistas pretendem também que “seja assegurada a justa remuneração a todos os escritores, animadores culturais/declamadores e atores envolvidos”.