No final de outubro, na Luz, Rafa voltou à competição na Liga dos Campeões depois de uma paragem por lesão. Foi titular, abriu o marcador contra o Lyon, saiu lesionado ainda na primeira parte. Passaram três meses, o Benfica desvendou que o internacional português tinha uma lesão no adutor da perna esquerda, celebrou-se o Natal, terminámos uma década e começámos outra. Esta terça-feira, Rafa voltou à competição.

Bruno Lage, o Tinder que olhou para dois solitários e decidiu fazer match (a crónica do Benfica-Rio Ave)

Ao contrário do que aconteceu em outubro, com o Lyon, Rafa não foi titular contra o Rio Ave, não marcou e passou algo despercebido, já que só entrou para o lugar de Cervi em cima do minuto 90′. Mas entrou e jogou os quatro minutos de descontos na Luz com um objetivo: o de acelerar para o dérbi, mostrar aos adeptos que está recuperado e lutar por um lugar no onze titular na próxima sexta-feira, contra o Sporting.

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Depois do jogo, em que o Benfica eliminou o Rio Ave e carimbou o passaporte para as meias-finais da Taça de Portugal, Bruno Lage mostrou-se “satisfeito” por Seferovic ter entrado e marcado. “O mais importante era vencer e fazer um bom jogo. Eram duas boas equipas e sabíamos das dificuldades que íamos encontrar pela competitividade do Rio Ave. Apesar de entrarmos a perder, a equipa soube reagir, criar muitas dificuldades, pelo que devíamos ter ido empatados para o intervalo. A segunda parte é praticamente nossa e à medida que fomos alterando a equipa fomos melhorando. Satisfeito pela resposta e por ver Seferovic entrar e marcar dois golos. Temos grandes jogadores, Vinícius é um grande jogador e Seferovic também é um grande jogador. Estamos no bom caminho. Em termos defensivos temos de continuar a trabalhar”, explicou o treinador encarnado.

Já Carlos Carvalhal, que pode ter feito esta terça-feira o último jogo no comando técnico do Rio Ave — o treinador português é o preferido dos brasileiros do RB Bragantino para assumir o leme da equipa –, mostrou-se contente com a atuação dos vilacondenses e deixou um especial elogio a Tarantini, que “jogou com 39 graus de febre”. “Queria dar uma palavra a todos os meus jogadores, que tiveram uma brilhante participação na Taça da Liga, prova onde deveríamos estar na final four. Na Taça de Portugal saímos com honra, num jogo com boa arbitragem, bem disputado, como deve ser. Tenho de dar palavra aos meus jogadores, especialmente ao Tarantini, que jogou com 39 graus de febre. Fez um grande jogo e é um exemplo para todos”, desvendou Carvalhal, que falou ainda sobre o próprio futuro.

“Estou tranquilo. É preciso interpretar bem o que digo. Disse que ia pedir a demissão. Não disse que me demiti. O presidente não aceitou e tive de respeitar o contrato. Não houve retrocesso. Se o presidente tivesse aceitado, teria saído. A minha posição é a mesma de sempre: tenho contrato, estou satisfeito, feliz, sinto-me bem. Todos os contactos que tive conduzi para o presidente. Com este [RB Bragantino] foi igual e a partir daí estou tranquilo a fazer o meu trabalho. Posso ir para o Brasil, Rússia, China… desde que o clube chegue a acordo. Eu não direi que quero sair”, concluiu o treinador, que pode então tornar-se o quarto português a treinar no Brasil.