O Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) reconhece a abertura dos partidos em relação às propostas para o Orçamento de Estado para 2020 (OE2020) que levou esta segunda-feira ao parlamento.
Estas são negociações sensíveis, mas de facto pudemos notar a sensibilidade para uma visão da rede de ensino superior numa lógica de complementaridade e de cooperação”, disse à Lusa Gonçalo Velho, presidente do sindicato.
O SNESup foi recebido pelos vários grupos parlamentares, a quem apresentou as suas preocupações em relação à proposta do OE2020, nomeadamente no que respeita às cativações nas instituições de ensino superior.
Segundo Gonçalo Velho, a proposta do governo mantém um investimento no ensino superior igual àquele que foi feito em 2002, apesar do aumento do número de alunos, sendo necessário um reforço orçamental que permita responder às necessidades das instituições.
“Estamos longe de recuperar o corte de financiamento que foi feito no período de intervenção da troika e neste momento temos um orçamento que remonta a 2002”, afirmou, sublinhando que os novos alunos vão entrar nas universidades com o mesmo orçamento de quando nasceram, apesar do aumento do número de estudantes nos últimos 18 anos.
Ainda assim, o presidente do sindicato reconheceu a “sensibilidade do Partido Socialista”, em relação a esta questão, considerando ainda que todos os grupos parlamentares demonstraram um “grande respeito” pelo sindicato e “abertura” em relação às suas propostas.
Além do reforço orçamental, o SNESup levou ao parlamento temas como o Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública e o atraso na atualização de vencimentos de professores que progrediram na carreira por concurso.