Uma equipa de cientistas australianos revelou ter conseguido criar em laboratório e com sucesso, uma versão do novo coronavírus que foi identificada na China, segundo noticia a BBC  A descoberta, feita pelo Instituto Peter Doherty de Infeção e Imunidade, com sede em Melbourne, pode acelerar a criação de uma vacina contra a infeção.

“Ter o vírus real significa que, agora, temos a capacidade de validar e verificar todos os métodos do teste”, disse Julian Druce, chefe do Instituto Peter Doherty

Os dados da amostra, desenvolvida a partir de um doente infetado, vão ser agora partilhados com a Organização Mundial de Saúde na esperança de diagnosticar e tratar o vírus. Um laboratório na China já tinha conseguido recriar o coronavírus com sucesso mas divulgou apenas a sequência do genoma, e não a amostra em si. “Este é um passo, é uma peça do quebra-cabeça com a qual contribuímos”, disse o vice-diretor do instituto, Mike Catton, aos jornalistas, mas realçou que a amostra, sozinha, não terá a capacidade de lutar contra o vírus.

Além de contribuir para a criação de uma vacina, a amostra cultivada na Austrália poderá vir a ser usada para gerar um teste de anticorpos, o que permitiria a deteção do vírus em pacientes que não apresentam sintomas, informou ainda o Instituto Doherty.

O surto de coronavírus irrompeu na cidade de Wuhan, região central da China, no fim de 2019. Embora o país tenha isolado boa parte da província de Hubei, o vírus já se alastrou a mais de 16 países, incluindo o sudeste da Ásia, Austrália, França, Alemanha e Estados Unidos. Só na China contam-se já 132 mortes e cerca de seis mil infetados.

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