O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, considera que a possibilidade de Isabel dos Santos vender as suas participações em empresas portuguesas como a Efacec ou o EuroBic é “um bom passo”. Em entrevista à agência de notícias britânica Reuters, afirma que isso pode contribuir para evitar “qualquer dano reputacional na atividade dessas empresas”.

“Se olhar para o impacto, que é adverso, sobre as origens do dinheiro de Isabel dos Santos, que ainda têm de ser provadas, os danos à reputação das empresas portuguesas podem ser significativos. Portanto, a vontade dela de alienar rapidamente é útil neste contexto… o que significa que o dano à reputação pode ser diminuído e, espero, totalmente evitado”, afirmou o ministro Adjunto e da Economia na mesma entrevista.

No seguimento do caso Luanda Leaks, que pôs a ex-líder da petrolífera Sonangol e filha do ex-presidente angolano em xeque, Isabel dos Santos, que nega todas as acusações de má conduta, já manifestou intenção de vender a sua participação nas empresas portuguesas. “A sua vontade de vender [as ações] rapidamente ajuda”, disse o ministro na entrevista. “A sociedade tornou-se cada vez mais intolerante à corrupção, falhas de transparência e evasão fiscal”, acrescentou ainda.

Isabel dos Santos tem ações significativas em quatro empresas portuguesas: a energética Efacec, a Galp, a empresa de telecomunicações NOS e o banco Eurobic. Tanto o Eurobic, onde a empresária angolana é a acionista principal, como a Efacec, onde detém 65%, já fizeram saber que Isabel dos Santos iniciou o processo de venda da sua parte.

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